30 março 2016

Reumatismo

No tempo em que eu achava que não havia ninguém como o Maradona a jogar à bola e ouvia vinis de This Mortal Coil num gira-discos Silvano, em que os cartões Credifone me serviam para ligar para casa nas férias e tinha uns Le Coq Sportif azuis, em que achava que Paris era muito longe e estava apaixonado pela Doutora Helena Russell do Espaço 1999, em que sabia de cor vinte números de telefone e sonhava com um 205 GTI preto, em que fazia fogueiras para me aquecer enquanto não começava a classificativa de Arganil e em todas as corridas de Fórmula 1 podia haver um duelo igual ao do Gilles Villeneuve vs Renè Arnoux, em que discutia em que tópicos a Sabrina era superior à Samantha Fox e pedia para me trazerem de Madrid as misturas do Studio 54, não tinha que ir a um médico duas vezes no mesmo mês.

19 comentários:

  1. Mas havia mais que um par de tópicos?

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  2. O melhor do mundo é o Cristiano, mas o Maradona é o melhor de todos os tempos, mesmo todos. As melhoras

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  3. As melhoras, caro Pipoco.
    Não me corte a eterna ilusão de que Maradona foi o melhor de sempre. Não me roube a ilusão de que acima daqueles duelos Prost X Piquet com Salazar pelo meio, não haverá mais nada.Por favor.

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  4. O Peugeot não seria 205?

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    1. Era 205, sim. Igual ao do Jean Todt. Vou alterar, obrigado.

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    2. Esse era um carro para meninas, Cuca...

      (tinha a vantagem de ser verde)

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    3. Era lindo. Tive quase para ter um 306 desses.

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    4. E não era nada para meninas. Era para meninos Lacoste.

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  5. Isso tudo? Pipoco... isso é coisa para uma casta de 60 ou 70!

    Só duas? vá não seja piegas! :p

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  6. Anónimo30.3.16

    Encontrei aqui tanta contemporaneidade, que tenho de me acautelar com uma possível e inesperada visita ao clínico de família.

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  7. Anónimo30.3.16

    É a vida, meu caro. Ou queria ir com um bom esqueleto para debaixo da terra? Compostela não lhe ensinou nada?

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  8. Ora aí está! É o que faz ter a mania das grandezas!:)
    As melhoras, que isso do reumático é tudo menos simpático:(

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  9. Cláudia Filipa30.3.16

    Porém, aposto que este post não passa de uma constatação de factos, que o escriba não está de olhos postos no horizonte longínquo (olhe que isto do longínquo é só recurso estilístico) com suspiros saudosistas enquanto deixa escapar um: belos tempos aqueles, aquilo sim, aquilo é que era, como se a vida lhe tivesse acabado algures por ali. Reumatismo? Ora, contrapartida de quem já acumula tanto mais, tanto mais para lembrar e, espero, tanto mais para viver. Reumatismo? No seu caso? Aposto, articulações, músculos e esqueleto a ressentirem-se de tanta vida bem vivida.

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  10. Não se queixe. Pior estou eu que agora dei em ter doenças de pobre!
    Qualquer dia apanho escorbuto e tinha.

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  11. Anónimo31.3.16

    Que giro! Também tive uma paixoneta, mas pelo Capitão Kirk na nave Interprise. Aquilo durou anos...
    Também tive umas Le Coq Sportif, mas por ignorancia umas próprias para jogar tenis de mesa (coisa que quase nunca acontecia). Gostei dessa época.
    VW

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  12. Sendo o Pipoco do Sporting encontro-me neste momento em profundo choque por ter mencionado o Maradona em vez do Balakov. Bem sei que este apareceu depois do Maradona, mas creio que ainda veio a tempo de o apanhar a si sem reumático.

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  13. Mas afinal, sempre alcançou o 205 gti?

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  14. Isto começa a ser muito estranho; tirando os cartões credifone e o Studio 54, coisas que me são estranhas, só falta referir as noites no Pessidónio na altura em que o rali de Portugal por ali passava e nos cruzávamos com o Markku Alen.

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