01 março 2016

Menezes de Meyrelles e Bettencourt

Nos tempos em que privávamos com outra regularidade, eu e o Menezes de Meyrelles e Bettencourt dedicávamos algum do nosso tempo ocioso a analisar a problemática dos homens mais velhos com quem vagamente nos relacionávamos e que cumpriam com fria precisão a sequência de processos "Fiz ontem cinquenta anos - Adquiri uma viatura desportiva de dois lugares - Olá rapazes, esta é a Viviane e nasceu num país sul-americano - Rapazes, eu e a Dulcineide, não, essa era a Viviane, vamos casar" - "Aquela puta ficou-me com tudo".

Nesses tempos, eu e o Menezes de Meyrelles e Bettencourt debatíamos noite dentro que falhas existiriam na mente do género masculino que permitiam que a velha sequência de processos se mantivesse durante tantas gerações e que os nossos amigos mais velhos não tivessem aprendido rigorosamente nada com o exemplo daqueles que, prestimosamente, nos tinham demonstrado, na óptica do utilizador, que nada havia que obstasse, uma vez iniciado o processo, ao seu desenvolvimento de acordo com as Escrituras e que cada um dos novos iniciados persistisse em crer que no seu caso seria diferente.

Daqui a nada vou tomar um gin tónico com vista de rio na companhia do Menezes de Meyrelles e Bettencourt. E da Isabelly.

5 comentários:

  1. "Isabelly Souza de Meyrelles e Bettencourt"

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  2. Parecem-me totalmente compatíveis. Afinal, ambos têm nomes com consoantes dobradas. :)

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  3. Fica a a pergunta e a Isabelly é de que país da américa do sul.

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  4. Anónimo3.3.16

    também com uns nomes assim tão feios...
    vw

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