03 janeiro 2016

E una bottiglia di rum...

Do nada, agitando-me estes dias de modorra que decidi passar ao largo do porto de Zurique, chegam-me más novas do Golfo da Biscaia. Os ventos dizem-me que façanhudos piratas liderados por Cuca, a Pirata, essa inviolável donzela que muitos bravos dos mares salgados, mais sábios do que eu, juram ser apenas uma lenda, Cuca, a Pirata, dizia eu, bate-se com galhardia com um conjunto de amazonas, trazidas pela corrente da Sibéria e arrastadas pelas forças favoráveis do Suão, que pretendem surripar-lhe Andramhir, esse valoroso mestre da culinária que sabe enfeitar a travessa e vai comprar uma panela de pressão para ver se cozinha mais depressa a vaca Mu-Mu. O tempo é escasso e desta Zurique, terra de mar salgado, só zarpam navios de grande calado e toda a gente sabe que calado não é pronome que me assente, de maneiras que a situação se me afigura bastante desfigurada. Mas cá vou uma vez mais promover a concórdia, ciente da tarefa quase impossível mas portador de informação confidencial, se vos contasse teria que vos matar a seguir: Andramhir está na minha cozinha, confeccionando lautas iguarias que havemos de acompanhar com vinhos romenos. E Mu-Mu, a vaca, é uma impossibilidade estatística, toda a gente sabe que nos blogs não há vacas.

(e agora vou ver se percebo alguma coisa do que já se passou nesta história, não vá eu ficar mal no retrato, que é coisa que ninguém quer, perguntem a quem quiserem...)

52 comentários:

  1. Respostas
    1. Decidi ser mais eu no blog este ano...

      (temos conhecedora)

      Eliminar
    2. Pela rama, conheço a obra poética de Quim Barreiros pela rama, apenas o suficiente para reconhecer um ou dois versos dos principais poemas.
      Que raio de resolução. Ainda eu me queixo das minhas...

      Eliminar
    3. Percebi que havia um nicho de mercado, Mirone. Vou tirar mais a máscara, as pessoas valorizam esse tipo de coisas.

      Eliminar
    4. Pronto, se as pessoas valorizam... É sempre lhe fica mais barato que os bilhetes para a ópera ( a não ser que opte por assistir aos concertos que dá junto da diáspora, que implicam viajar de avião para destinos tão fabulosos como Newark ou Saint-Maur-des- Fossés.).

      Eliminar
    5. Ainda hoje fui ao concerto de ano novo no Pavilhão Atlântico. Como vê, estou por tudo.

      Eliminar
    6. E, conte-me tudo, como se sete agora que é mais "eu", salvo seja, no blog?
      (Mas olhe que se fosse mais eu também ficaria muito bem servido)

      Eliminar
    7. É muito libertador, Mirone. Estava aqui agrilhoado no boneco. Mas agora, caídas as máscaras, baixadas as defesas...

      (certamente, certamente...)

      Eliminar
    8. Fico feliz por si, mas sobretudo por mim.

      Eliminar
    9. Eu também fico feliz por si. É outra das inovação para este ano, ficar feliz pelas pessoas.

      Eliminar
    10. Em vez da fruta o que é que lhe puseram no gin? Tem a certeza de que era Gin? Se me distraio sinda sou capaz de dar consigo a escrever maior que três e a lolar (pior, a usar top como adjectivo).

      Eliminar
    11. Mirone, é um caminho sem retorno. Quando optamos por nos mostrar tal qual somos, já não há nada a fazer. As coisas são como são, sabe?

      (havia cubos de gelo com framboesas lá dentro, imagina uma coisa assim?)

      Eliminar
    12. Vou deixá-lo com a vaca. Se precisar de ajuda grite, que alguém entendido nelas há-de aparecer em seu auxílio. Não sei o que diz Quim Barreiros sobre as vacas, mas se recordo-me da vaca arnestina, estrela de cinema, tornou-se vaidosa, mas que grande pena, de Barata moura.

      Eliminar
    13. (Tem a caixa sem moderação ou está feito um Speedy Gonzales na aprovação de comentários?)

      Eliminar
    14. Pronto, já percebi tudo. Ruben, o tio sabes que estás a usar o nick dele?
      (Dedos ágeis?! Valha-me Sao Pequeno Saul arcanjo protector da brejeirice!)

      Eliminar
    15. Pronto, voltou, já posso ir dormir descansada.

      Eliminar
  2. Contratar mercenários dá nisto! Rouba-me o cozinheiro viking...

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Andrahimir sempre esteve às minhas ordens. Está bem de ver que nunca leu "O Homem Duplicado".

      Eliminar
    2. Li, li. Mas devo ter saltado o capítulo dos mercenários e respetivos espiões.
      E agora quem é que cozinha?

      Eliminar
    3. Cuca, está a baralhar tudo. "O Homem Duplicado" é aquele que tem o Carlos da Maia, o que tem capítulos de espiões e mercenários é o do Ian Fleming. Esse, o da Missão Impossível.

      Eliminar
    4. Troco o cozinheiro pela vaca!

      Eliminar
    5. Cuca, percebe-se bem que nunca leu Joyce. Leia até ao fim de Gente de Dublin. Alguém troca, em alguma ocasião, um cozinheiro por uma vaca? Não? Pois...

      Eliminar
    6. Pronto, mande-me então o cozinheiro com a vaca e ficamos todos felizes. (Vem no Ulisses, na parte que ainda não leu)

      Eliminar
    7. Cuca, o cozinheiro é um bem escasso.

      (só se vier algures numa das últimas setecentas e catorze páginas...)

      Eliminar
    8. Já só lhe faltam essas páginas? Está quase a terminar!
      Deixo-o ficar com Andhrimnir durante dois dias na condição de o ensinar a cozinhar. Depois quero-o de volta. Pode não ser grande cozinheiro mas é meu!

      Eliminar
    9. Andramhir é meu. Meu!

      (isto não soou lá grande coisa, pois não?)

      Eliminar
    10. (Ligeiramente assustador. Tratando-se de uma súbita conexão emocional com um cozinheiro viking e sádico. Mas eu não julgo ninguém. Quero é o viking de volta)

      Eliminar
    11. e nós é que somos piratas!!!!

      Eliminar
  3. Eu já agora aproveitava a oportunidade e como sinal da minha amizade, oferecia-lhe mesmo Mu-Mu, a Vaca Sagrada, que aqui dentro do carro estamos um nadinha apertados.





    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Palmier, para que quero eu uma vaca?...

      (nem sequer dá um bom carpaccio)

      Eliminar
    2. E eu?! Já tive a minha dose! Desde as três da tarde que a ando a passear de carro!

      Eliminar
  4. Amanhe-se. Não quero vacas na minha vida.

    (ainda se fosse da marca Kobe...)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Não, não...! Eu insisto! Deixo-a aqui à porta e o Pipoco logo vê o que faz dela.

      Até breve!

      (esta sou eu de costas, a correr a toda a velocidade!)

      Eliminar
    2. Palmier, estou a caminho de resolver um problema complicado. A saída do porto de Zurique requer destreza, não é um porto de fácil manobra. A vaca só me vai atrasar a viagem. Apelo à sua consciência...

      Eliminar
    3. O quê...?! Não oiço nada... acho que está com má rede...

      Eliminar
    4. Nunca se pode contar consigo para nada.
      (por falar nisso, as vacas nadam, não nadam?)

      Eliminar
    5. Claro! Uma vaca desta categoria é praticamente um hovercraft!

      (à cautela compre-lhe umas braçadeiras!)

      Eliminar
    6. Bem, se a coisa se complicar a vaca faz de âncora.

      Eliminar
    7. (claro que depois terá de se ver com o PAN, mas o Pipoco é que sabe os riscos que corre...)

      Eliminar
    8. Fui ver o que era o PAN, já não me lembrava.

      (já toureei em piores praças)

      Eliminar
  5. Ah, as vacas! esses animais de grande calado, que venham elas, não me importo de ter mais vacas na minha vida...
    Um floreado.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Teresa, todos nós precisamos de vaquinhas fofinhas na nossa vida, olhando-nos com aquele ar introspectivo, malmequer pendurado na boca...

      Eliminar
    2. Ah, afinal também precisa...
      Ofereço-lhe o malmequer de presente, a vaquinha já tem.
      Outro floreado

      Eliminar
  6. Pipoco, o rum era falsificado, a vaca estava louca, desertei.....

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Ana, fique mais um pedacinho. Sirvo-lhe gin, olvidemos o rum.

      Eliminar
  7. Entrego barco e tripulação por um gin. É tudo seu pipoco... Venha o gin e entenda-se com elas...eu estou zonza...

    ResponderEliminar
  8. Anónimo4.1.16

    E o que o achou de Sebastian Perlowski?
    (estou boquiaberta com os seus dedos ágeis)
    Miss Avalon

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. O mesmo Perlowski de sempre, apropriado ao concerto em causa. Gosto.

      Eliminar
  9. Caro Pipoco,

    Do ARTIGO 180.º do Código Penal,

    1- Quem, dirigindo-se a terceiro, imputar a outra pessoa, mesmo sob a forma de suspeita, um facto, ou formular sobre ela um juízo, ofensivos da sua honra ou consideração, ou reproduzir uma tal imputação ou juízo, é punido com pena de prisão até 6 meses ou com pena de multa até 240 dias.


    Queira, por obséquio, rever as suas declarações, rectificar as incongruências e repor a verdade.

    Grata.

    ResponderEliminar
  10. Será do rum e dos vinhos romenos, sinto-me ébria... realmente não percebo nada disto dos blogs...

    ResponderEliminar