20 janeiro 2016

Dos Oscares e outras bizarrias

Depois daquela situação de não haver mulheres finalistas no festival de BD em Angoulême (a propósito, alguém sabe como acabou aquilo? Não? Pois, lá está...), temos agora a situação de não haver actores negros nomeados aos Óscares.

Que nos reservará o futuro? Uma petição por mais chineses na NBA? Uma acção de rua por mais brancos a ganhar maratonas?

Dúvidas, é isto que me afronta os dias...

72 comentários:

  1. Isso tudo e também uma petição para os homens passarem a menstruar (eye roll, a sério que não percebe?)

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    1. Isso de os homens menstruarem não pode acontecer, pois não? (e dar de mamar também não, fique sabendo...)

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    2. Não, claro que não, fique descansado: está na bíblia.

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    3. Coisas que estão na Bíblia deixam-me mais descansado.

      (agora a sério, sabe como acabou aquela situação de Angoulême?)

      (sem googlar "celle situation d'Angoulême...")

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    4. Ficou tudo na mesma, ora. E fui googlar para confirmar.

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    5. Era isso que lhe queria dizer. Diverti-mo-nos com a coisa, mas ninguém se preocupou em saber o final. E muita gente apostaria em que tinham estendido a lista, para incluir mulheres. Só que não...

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    6. Não sei se o objectivo (realista) seria a mudança da lista, mas levantar a questão. nisso, acho que foi positivo.

      Já agora, na altura cheguei a casa e disse lá ao senhor barbudo: "Ó tu, então diz que não há mulheres a escrever/fazer BD", e vai ele "'Tão não há", e desatou ali a desfiar nomes. Todas 'maricanas, que é o que ele lê. Mas diz que bem boas.

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    7. Anónimo20.1.16

      *divertimo-nos, sr. Pipoco.

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    8. Estive quase para não comentar, mas depois achei que dada (mais uma vez) a coincidência do timing e da temática, que lhe estaria a fazer uma desfeita.

      Nem vou perguntar se o tio Pipoco não vê a diferença entre ganhar corridas ou ser bem sucedido no desporto com nomeações para prémios realizadas por júris, mas eu sei que sim. Tal como imagino que reconhea a importância (social e política) da representação de minorias em certos meios, seja a BD ou os Oscars. E mesmo que não se consiga mudar as coisas de um dia para o outro, mesmo que os protestos este ano não mudem nada nem nos Oscars nem no Angouleme, pelo menos chamou-se a atenção para o assunto, para que num futuro (de preferência mais próximo que distante) isso possa vir a mudar e haja cada vez mais consciência dos "bias" existentes.

      De resto, cada um vê o mundo da forma que quer, e escolhe usar a sua voz e influência para transmitir as ideias que quer.

      Ou como diz o "Jovem conservador de direita":

      "[...]Quem é que transformou a corrida aos Óscares numa corrida de raças? Querem saber o nome de alguns negros que ganharam Óscares nos últimos anos? Dr. Denzel Washington, Dra. Halle Berry, Dra. Mo'Nique, Dr. Forest Whitaker, Dra. Jennifer Hudson, Dra. Lupita Nyong'o, etc. Sabem o que é que todos estes grandes actores (menos a Dra. Mo'Nique) têm em comum? Ganharam um Óscar sem precisarem que a polícia do politicamente correcto andasse a chorar para eles serem nomeados. E são tantos! Até dava para fazer uma orquestra de kizomba com todos os actores negros que ganharam Óscares.
      [...]
      Enquanto os brancos construíam civilizações, os negros ficavam maravilhados com garrafas de Coca Cola caídas do céu. Mas não é por isso que vamos dar um Óscar ao actor bosquímano Dr. Nǃxau ǂToma por ter feito de si próprio no filme "Os Deuses Devem estar loucos".
      [...]
      Como podem ver, eu não sou racista e condeno veementemente o racismo. É por isso que acho bem que nomeiem actores negros, brancos, amarelos, vermelhos, etc. Mas desde que tenham mérito. Não por causa de campanhas nas redes sociais."
      https://www.facebook.com/jovemcd/posts/1032199123489921?fref=nf

      De resto, cansaço. Muito.

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    9. E, ainda por cima, há actores negros que são mêmo, mêmo muito bons. Ainda não vi o último, mas o mê rico Idrisinho, nunca o vi a fazer nada mal feito. E o mesmo não posso dizer do Will Smith, por exemplo, nunca o vi a fazer nada bem feito mas, hei, pode ser que tenha acertado neste.

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    10. Luna, depreendi (e bem, fui ver) que também se debruçou sobre este palpitante tema. Eu acho que a coisa funciona do seguinte modo: actor negro tem uma boa base de fãs, fãs são garantia de receitas, actor negro é convidado para cada vez melhores filmes, os melhores filmes às vezes ganham prémios. O processo para os actores brancos é igual, com a diferença de, se se quiser fazer um filme sobre a vida de Churchill escolhe-se um branco, se o filme for sobre Mandela, escolhe-se um negro. O problema é que os filmes são o que são: se são sobre boxe pode entrar um negro, se são sobre o velho Oeste ou sobre a aventura dos russos no espaço, fica mais complicado justificar um negro no papel principal. E é isto. Só isto. É o mercado, e dá-se o caso das pessoas que fazem filmes lá em Hollywood serem sensíveis ao mercado.

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    11. Se excluirmos biopics ou filmes históricos, cada vez mais as personagens podem (ou melhor, poderiam, se acontecesse) ser interpretadas por gente de qualquer cor. Mas isso não acontece, e a desigualdade continua a ser imensa: quantas vezes vê protagonistas não brancos em comédias românticas, por exemplo? Quantas vezes vemos um "galã e a mocinha" não brancos? Muito raramente, a não ser que o filme seja sobre casais inter-raciais e sobre a luta contra o preconceito.

      Voltamos a falar em representação: de todo o universo de todos os filmes e actores (alguns nomeados nos globos de ouro), só se consegue reconhecer mérito a actores brancos? Acha mesmo que é só por serem melhores?

      (já pensou que é um ciclo vicioso: por melhor que seja o actor negro, só ganha base de fãs se lhe derem oportunidade de brilhar como protagonista, o que acontece com muito mais dificuldade que a um actor branco, pelo que a falta de mercado e fãs é consequência directa da falta de representação?)

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    12. Ó Pipoco, que desilusão. Ou não é apreciador de westerns, ou não viu o Unforgiven.

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    13. Ou o Django.

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    14. Pipocante Irrelevante Delirante20.1.16

      Ou o Hitch

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    15. Luna, eu explico o meu ponto de vista (de novo), devo-lhe a mesma paciência que a Luna tem para comigo quando pretende explicar-me o seu. É claro que é um ciclo vicioso, mas os senhores que produzem os filmes fazem-no para ganhar dinheiro. É por isso que o Clooney aparece mais vezes nomeado que o Eddie Murphy (dois actores medíocres, a meu ver).

      (não discuto se são melhores ou não, mas estive a olhar para a lista de vencedores de Oscar de melhor actor/actriz nos últimos vinte anos e achoe que na sua maioria foram mesmo os melhores filmes.

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    16. (O exemplo das coboiadas não foi manifestamente a melhor escolha...)

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    17. Django, sim, mas eu não simpatizo com o Jamie Foxx (hoje um bocadinho mais, depois de ter salvo um tipo). E quanto ao Hitch nem respondo, que é gozo de certeza. Não queria dizer Wild Wild West?

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    18. A situação de Angouleme acabou assim: para o ano haverá 3 ou 4 mulheres na lista.

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    19. Pipocante Irrelevante Delirante20.1.16

      Oh Pipoco, mas foi um bom exemplo.
      Os mais conhecidos pistoleiros do Velho Oeste eram brancos, portanto é natural que tal se reflicta nas coboiadas, tanto as mais sérias, como as mais "artísticas".
      O Django (que é originalmente branco) é um caso curioso, o Tarantino quis prestar uma homenagem (e crítica) ao papel dos negros no Oeste, e no fim foi acusado de ser racista, isto porque os sulistas teimavam em chamar "preto" ao protagonista, e porque terá romantizado a questão da escravatura.

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    20. Aqui discordamos, se é verdade que os senhores de hollywood querem ganhar dinheiro, não é verdade que os prémios de cinema premeiem quem ganha mais dinheiro - os grandes blockbusters nem sempre são os mais nomeados. Há uma agenda política e social por trás dos prémios, razão pela qual certos tipos de filmes são mais nomeados e premiados*, tal como os sobre homossexualidade, transsexualidade, deficiência física, doença mental, etc. Então se envolver transformações físicas enormes é certo e certinho de dá Oscar. E num meio que é conhecido por se afirmar desta forma, escolher não dar representação a pessoas não brancas não é inócuo.

      *e razão pela qual há actores geniais que nunca ganharam, ou que ganharam pelos filmes errados.

      (olhe, por exemplo, achei o slumdog milionnaire uma valente bosta, apesar de preencher as quotas)

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    21. Pipocante Irrelevante Delirante20.1.16

      Peço desculpa, pensava que o tema era "comédias românticas".

      (o Wild wild west nem um western é :P)
      (o Silverado tem o Danny Glover lá pelo meio, e o Jovens Pistoleiros também tem o Lou Diamond Philips)

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    22. Luna,trata-se então de lobby? Nesse caso fica mais simples, é o lobby dos negros aprender com o lobby gay como se faz.

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    23. Anónimo21.1.16

      É círculo vicioso, não ciclo.

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    24. Acho que estou muito abalada por alguém ter confundido o Unforgiven com uma comédia romântica. Não prometo que não corte os pulsos.

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    25. Pipocante Irrelevante Delirante22.1.16

      "quantas vezes vê protagonistas não brancos em comédias românticas, por exemplo? Quantas vezes vemos um "galã e a mocinha" não brancos? Muito raramente, a não ser que o filme seja sobre casais inter-raciais e sobre a luta contra o preconceito."

      Percebeu de onde saltou o Hutch?

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  2. Pipocante Irrelevante Delirante20.1.16

    A última prova de corrida em que participei, as mulheres saíram uns minutos mais cedo.
    Onde protesto por esta discriminação???

    (pronto, sempre me pouparam o vexame de uma data de senhoras de meia idade e sapatilhas coloridas passarem por mim como o vento, mas ainda assim...)

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  3. Isso é discriminação de geometria variável. É diferente. Parecendo que não.

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    1. Anónimo21.1.16

      "discriminação de geometria variável", não devia ter aspas e/ou pagar direitos de autor? Veja lá isso, fáxavore.

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  4. Anónimo20.1.16

    Este post....uiiiii

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    1. À espera de embarcar. A pessoa tem que se entreter com qualquer coisa.

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    2. Pipocante Irrelevante Delirante20.1.16

      é tão fácil, não é?
      Vá, confesse...

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  5. Não há paciência... Independentemente de continuar a haver discriminação em relação às minorias e aos desprotegidos, exceto talvez as crianças, esse discurso do mimimi não nos leva a lado nenhum. A vitória pela vitimização e o politicamente correto não é uma vitória. É um prémiozinho de consolação por sentimento de culpa. e enquanto houver sentimento de culpa e vitimização que o alimente, e vice-versa, não andamos para a frente. (Veja lá aquela situação do verbo divertir ali em cima que até lhe fica mal, homem.) Bjo

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    1. Anónimo20.1.16

      Que chatos pá, independentemente de continuar a haver discriminação em relação às minorias e aos desprotegidos, deviam era calar-se de uma vez para não incomodar as pessoas que se estão borrifando para isso!

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    2. Palavras suas

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  6. Pipocante Irrelevante Delirante20.1.16

    Grande pavlov, nunca nos deixas mal.

    Disso dos Oscares e da raça, será fácil de resolver com boa vontade.
    Hollywood já conseguiu adaptar uns "clássicos" de maneira a adequá-los aos tempos modernos. A Lady Marian deixou de ser a tradicional dama da Idade Média, que esperava sentada no castelo, bordando, cinto de castidade posto, esperando que o Robin desse umas pauladas no Xerife e regressasse a casa, para uma refeição quente e umas intimidades. Agora é uma Amazona, aplica golpes de kung-fu nos maus da fita e dispara setas com maior precisão que o Errol Flynn.
    Assim sendo, a próxima versão que façam do Steve Jobs, chamem o Denzel Washington, ou o Jamie Fox para protagonizar o biopic do Stephen Hawking.

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  7. Cláudia Filipa20.1.16

    Estava para não dizer nada mas às vezes perde-se mesmo a paciência...
    Realmente é extremamente preocupante não terem sido nomeados quaisquer atores negros para os Óscares, isto num país onde ainda é completamente impossível para um negro ganhar um Óscar, é completamente impossível para um negro atingir qualquer lugar cimeiro seja em que área for, imaginem então ser Presidente, por exemplo, imaginem o que seria, se alguma vez seria possível para um negro chegar à presidência do país do qual até costuma dizer-se que manda no resto do mundo, alguma vez, é por isso que se tem de começar por algum lado, por favor! nomeiem um negro qualquer para os Óscares... ãaaaahhhhhh!!!!não me digam! já vários negros ganharam um Óscar...e por exemplo, a Oprah Winfrey, até é das mulheres mais poderosas da América? nãaaoooooooooo , o quêeeeeeeeeeeee?????? Barack Obama é negro?????? e é Presidente dos Estados Unidos!!!!...

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    1. Anónimo20.1.16

      Ainda bem que fiquei a saber que o racismo acabou nos estados unidos porque foi eleito um presidente negro. Não sei bem é o que pensar do Trump...

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    2. Claudia Filipa, vou dar-lhe só duas palavras: Tamir Rice. Se ainda assim não se convencer, amanhã dou-lhe mais.
      Já ouviu falar das excepções que confirmam a regra? Pois. Lamento, mas o racismo não acabou com a eleição do Obama.

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    3. Cláudia Filipa20.1.16

      Eu parto do princípio de que as pessoas perceberam perfeitamente o que eu disse, e como tal terão percebido que não disse "que o racismo acabou nos Estados Unidos porque foi eleito um presidente negro", parto do princípio de que aqui estão bons entendedores para os quais não será preciso escrever as palavras todas.
      Não precisa de me convencer de que existe racismo, Izzie, mas como a tenho por uma pessoa com discernimento, estou convencida de que percebe que o que eu não gosto é de fantochadas para chamar a atenção para certas questões, a mim, as fantochadas irritam-me, provocam o efeito contrário. E se quer que lhe diga, actualmente, mais do que uma questão de racismo, temos a questão da pobreza que afeta a população negra, como sabe, a pobreza aniquila muitas oportunidades para se ser, para chegar lá, há mesmo assim quem consiga, mas é muito mais difícil. Como sabe, existem africanos aos milhares a deixar a sua terra para procurar melhores condições de vida noutros países, a fugir da tirania dos seus dirigentes que enriquecem e mantém a população de pé descalço, e quando chegam aos tais países "de sonho" são amontoados em bairros, criam-se os tais guetos e depois para muitos a exclusão social e para muitos outros a criminalidade, acontece o mesmo com as pessoas oriundas dos países da Europa de Leste, por exemplo, e são brancos brancos e muitos até são louros e com as pessoas que vêm da América do Sul. Se as pessoas querem de facto ajudar, se as pessoas querem realmente ter um papel ativo, chamar a atenção para os problemas, caramba, façam-no com seriedade, deixem-se de fantochadas. É apenas isto, Izzie. Digo-lhe mais, se as pessoas discutissem os assuntos com a seriedade que alguns assuntos merecem não faziam de Tamir Rice, bandeira, é que a situação pode mesmo não ter tido nada que ver com racismo, se foi como li, claro, e lá está, em vez de ponderação a analisar uma situação vem logo o aproveitamento "se não fosse negro não tinha acontecido", estas coisas desgastam Izzie, salvo melhor opinião, claro, acho que só retiram o foco da origem dos problemas, até chegar ao ponto de já ninguém ligar nenhuma, da indiferença, precisamente o que não se pretende.

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    4. Cláudia, temas para pesquisar: whitesplaining, white privilege.
      Se é branca, não tenha a soberba de "ensinar" aos negros formas adequadas de manifestar a sua revolta.
      E o Tamir tinha 12 anos. 12. anos. Era uma criança. Abatida. Respeito.

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    5. Cláudia Filipa21.1.16

      Pois bem, Izzie, eu fico então com o papel da criatura desalmada que não tem compaixão nem respeito por uma criança de 12 anos que foi abatida, como se fosse isso a estar em causa, fiquemo-nos, então, pelas parangonas, afinal é exatamente assim que a coisa funciona não é? é focarmo-nos na parangona que o contexto não interessa.
      Ficamos assim, a Izzie tem toda a razão. E quanto mais coisas ler que forem no sentido do que defende, do que são as suas convicções, mais razão terá, sempre, sobre qualquer assunto. Já eu, prometo-lhe que irei pôr a minha costumeira soberba de lado e irei ler os temas que me deixou para pesquisar, que desde já lhe agradeço e sim, agradeço mesmo.

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    6. “Of all the preposterous assumptions of humanity over humanity, nothing exceeds most of the criticisms made on the habits of the poor by the well-housed, well- warmed, and well-fed.” Herman Melville

      Sempre que leio alguém dizer que "não tem paciência" para os protestos de quem está, de facto, em posição de desigualdade e injustiça social lembro-me desta frase.

      Acho que há fundamentalmente duas formas de se olhar para estas temáticas: uma em que se aceita ouvir quem diz que sente discriminação/desigualdade no seu dia a dia, e que o facto da sua experiência pessoal ser diferente não invalida aquilo que outros sentem, acreditando neles; ou negar e desvalorizar as lutas de quem é diferente por não nos revermos nelas.

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    7. Cláudia, está a desviar a discussão para o argumento ad hominem. Não adianta nada. E não lhe chamei desalmada. O contexto é simples: temos uma criança negra de 12 anos que está com uma arma de brinquedo na mão. Pára uma patrulha, o polícia saca arma e abate. Não é o primeiro caso: maldita seja a minha memória, mas também houve um caso de um garoto adolescente, negro, que foi seguido por um "vigilante" branco, porque achou que aquele estava a ter uma atitude suspeita. A atitude suspeita consistia no puto estar na rua, com um hoodie, a caminhar. Foi abatido pelo vigilante - e este foi absolvido. A percepção de perigo que a comunidade branca tem face a jovens negros assenta em preconceito, e assusta. E devíamos reflectir sobre isso. Acho eu.

      E agora, até lhe vou dar um trunfo: houve um tempo em que também eu, desconhecedora de tanta coisa do mundo, argumentava com o reverse racism e o despropósito de algumas "atitudes" e forma de luta de algumas minorias. Aqui há coisa de 20 anos. Depois, em vez de continuar a olhar para os outros e julgar as suas atitudes, tentei reflectir sobre a minha atitude. Fiz aquilo que alguns filósofos já ensinam há séculos: questionar tudo, começando por mim. Procurei informação, eduquei-me. E nasceu-me uma empatia, uma solidariedade e uma forma de estar diferente. Este foi o meu caminho, não é certo nem errado, é o meu. Faça o seu como bem entender, mas tenha a honestidade de admitir que é uma opção, a de não entrar no outro lado. E não argumente assim! Não fica bem. Não a ataquei pessoalmente, apenas as suas opiniões, não se defenda como se o tivesse feito.

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    8. Cláudia Filipa21.1.16

      Luna, e também há duas formas de se olhar para qualquer temática, ou nós estamos dispostos a ouvir/ler o que os outros dizem e realmente nesse caso podemos ter um debate sério, ou ficamos cegos surdos e mudos a tudo o que as outras pessoas dizem, para além de interpretarmos o que disseram à nossa maneira e temos um impasse.
      Custa-me mesmo a acreditar que a Luna não tenha percebido o sentido do meu primeiro comentário, esse da falta de paciência, mas vou desistir, pelo cansaço.

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    9. Izzie, será seguramente um problema de interpretação meu, mas responder à Cláudia nos moldes em que o fizeste pareceu-me isso sim uma atitude carregada de soberba. Julgo-te mais inteligente é capaz de argumentar melhor do que o que vi.
      Claudia Filipa, não estou a tomar as tuas dores ou a tentar defender-te, que não vejo necessidade, sabes fazé-lo melhor do que eu, desculpa intrometer-me.

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    10. Cláudia, não vi em qualquer dos seus comentários (bastante exaltados) qualquer predisposição de ouvir ou debater, mas sim uma atitude muito idêntica à que me acusa a mim - e se me abstive de lhe responder directamente antes é exactamente por não querer entrar nesse tipo de "combate".
      Leia o seu primeiro comentário de novo, e honestamente, diga-me o que lê nele?

      Eu leio falta de pachorra para os chatos dos pretos que só sabem é vitimizar-se com coisas ridículas como a questão da representação (posição aliás idêntica à que tem relativamente às feministas que apontam falta de representação em 30 nomeações a prémios de BD). E falta de pachorra é um mau argumento para começar, até porque começa por ser profundamente egoista. E em seguida desvaloriza o racismo, a falta de oportunidades iguais, etc com a eleião do Obama - já vivi uns tempos nos states e até nasci lá, pelo que oficialmente sou americana e digo-lhe, se me quiser acreditar: lá eu não era "branca" e isso sente-se.

      No segundo comentário, arrisca dizer que o abate de Tamir provavelmente nem era racismo e nem teria a ver com o facto de ser uma criana negra. Pense novamente. A probabilidade daquilo acontecer a uma criança loira é pequeníssima, e menor ainda que em semelhante caso fossem absolvidos os assassinos.

      Oiça, pergunte aos seus amigos não brancos se sentem discriminação e desigualdade, falta de representação no seu dia-a-dia, leia os artigos de quem fala dessa desigualdade e discriminação, e por favor, não diga que não tem paciência quando alguma minoria reclama e faz questão de falar do assunto.

      É óbvio que há uma data de outros problemas a par do racismo, tal como a pobreza, como bem salientou, mas não negue a importância de séculos de uma cultura de domínio branco, como se fosse coisa do passado. Não é.

      Eu, pessoalmente, estou como a Izzie, já defendi posições mais próximas das suas, mas decidi ouvir, e se uma minoria critica a desigualdade e falta de representação, eu oiço e aceito que não é justo. Porque não é. Independentemente de eu pessoalmente considerar mais ou menos importante prémios de qualquer espécie.

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    11. p.s. eu até me lembro de um tempo em que eu não percebia a necessidade da "fantochada" do gay pride e a necessidade de chocar e esfregar PDA na cara das pessoas. ignorant me.

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    12. Izzie, foi na Florida, chamava-se Trayvon Martin, tinha 17 anos e foi morto por um vigilante enquanto voltava para casa da mercearia. Razão: o vigilante confundiu-o com um potencial criminoso, assustou-se e disparou.

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    13. Cláudia Filipa21.1.16

      Izzie, eu toda contente a pensar que me estava efetivamente a dar um trunfo e afinal, depois do que se segue à palavra trunfo...Peço-lhe encarecidamente para nunca mais me dar nenhum trunfo se voltarmos a ter qualquer outra troca de argumentos.
      Acrescento só que, ao contrário do que escreve, nunca me considerei nem pessoalmente atacada, nem senti qualquer necessidade de me defender, limitei-me a achar demagógica a última parte do seu comentário quando totalmente desinserida de contexto e segui a linha. É a minha opinião, creio ser tão válida como a sua, mas isso saberá certamente, uma vez que se encontra a percorrer o caminho da verdadeira evolução humana e lhe nasceu "uma empatia, uma solidariedade e uma forma de estar diferente" saberá certamente aceitar a opinião alheia mesmo que não concorde com ela sem partir do princípio de que a sua é a melhor, a mais válida.
      E sabe, Izzie, está mesmo a falar do que não sabe quanto a isso de "não entrar no outro lado".
      E mais uma vez, discordar quanto aos métodos, não é o mesmo que discordar de causas.

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    14. Claudia, reli o meu comentário e de facto pode transmitir algo que não era meu propósito. Queria dizer-lhe algo que para mim é doloroso admitir: passei por fase na vida em que, mesmo negando ser racista - e acho que, graças à educação que recebi, não o era de facto - tinha preconceitos sem saber que os tinha. Por exemplo: acreditava piamente que havia reverse racism, e que em muitas formas de luta as minorias étnicas exageravam. Achava o gay Pride uma palhaçada, que era contraproducente toda aquela exuberância. E considerava-me feminista, mas achava que certas feministas e suas manifestações eram exageradas. pensava que para certos movimentos serem levados a sério tinham de ser conformes a uma certa forma de luta, deviam manifestar-se dentro do sistema e de acordo com ele. E que se a lei garantia igualdade, bastaria as pessoas terem esforço e mérito e os preconceitos que ainda existiam se dissipariam, e não as deteriam.
      Um dia, quando estava na faculdade, fui ao bairro alto com amigos. Uns metros à nossa frente ia outro grupo e, neste, estava um rapaz mulato. No topo da rua notava-se uma algazarra, e vimos quatro cabeças rapadas. O rapaz teve uma reação de pânico, começou a pedir amigos para voltarem para trás, por causa dos skins. Os amigos acalmavam-no, que não tivesse receio, estavam ali com ele! E o rapaz a insistir para voltarem para trás. Aquilo bateu. Um tipo da minha idade, numa noitada com amigos, e com medo de subir uma rua, por causa de uns cabroezecos.Vi-me na pele dele, também com medo de passar por um grupo de grunhos, por ser mulher. Reconheci aquele medo, as palavras tranquilizadoras dos amigos, e eu, ainda assim, a querer voltar para trás. E pensei que merda de vida é aquela, esta, ter medo de andar livre, na rua.Acho que foi aí que começou uma tomada de consciência. A de que eu posso sentir empatia, até já ter tido um medo semelhante. Mas não sei e nunca saberei o que é o medo de um negro, porque não o sou. Eu não sei. Sei o que é o meu medo, mas na verdade não sei o dele. E não posso julgar a revolta, pedir calma, ponderação ou uma certa forma de estar a alguém que sofre uma opressão que eu nunca senti. A única coisa que posso é ouvir essas pessoas, perceber e não apoucar o que elas sentem. Eu não sei o que as leva a rebentar e protestar. E não tenho o direito de definir os limites das suas causas, de face a agressões que me possam parecer insignificantes, pedir-lhes que tenham calma e não liguem. Como, reversamente, ninguém tem o direito de me dizer que daquela vez que fui apalpada alarvemente num transporte, ainda miúda, não foi nada (ou que ao menos não fui violada). Ou que quando me diziam as piores ordinarices, o melhor remédio era fazer orelhas moucas, e não valia a pena revoltar-me ou fazer disso cavalo de batalha.
      Percebi que tinha uma opção. Podia por em causa aquilo em que acreditava, e procurar o outro lado do espelho, ou ficar na minha. E, ao procurar ouvir sem julgar, mudei. Mas custou-me, muito. Porque percebi que não era a pessoa evoluída e livre de preconceito que achava, que tinha muito para repensar e mudar.
      E isto ainda não acabou. Ainda tenho muitos muros para derrubar, dentro de mim. Aconteceu-me aliás há bem pouco tempo. Tinha uma ideia que achava muito aberta sobre determinada situação, e foi preciso bater-me à porta para ter de largar, rebolar até à base, e voltar a fazer o caminho todo de volta. Estava tão errada, e fui tão injusta com um grupo de pessoas e arrisquei ser injusta e destrutiva com alguém bem próximo.
      Se passei a imagem de convencida, pessoa cheia de si e da certeza que é muito boa e tal: nada disso. Não sou, sei que não sou, e infelizmente tenho plena consciência de que me falta tanto, quase tudo.
      Anyhoo, we agree to disagree. Entendo o seu ponto de vista, e digo isto sem qualquer sarcasmo ou superioridade. Eu sei, de coração, que a Claudia não é má pessoa ou mal intencionada.Simplesmente temos perspectivas diferentes e tentei mostrar a minha. Não volto a maçar, e espero que tenha percebido que não a quis amesquinhar

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    15. Cláudia, a bem da abertura e do debate, permita-me então que lhe pergunte, dado que é a favor da causa, mas não do método, o que sugere em contrapartida?

      É que o método usado neste caso ou no da BD é qual? Falar do assunto? Apontar o dedo, indignar-se e escrever artigos sobre isso nas redes sociais? É que tirando isso e ameaçar de boicote (e eles lá bem ralados) não andam exactamente a fazer manifestações violentas ou a exigir leis de quotas para este tipo de competições (ao contrário do que sugere o post do Pipoco). Qual a alternativa a este método? Ignorar? Comer e calar? Não falar no assunto? Encolher os ombros e ignorar, pelo segundo ano consecutivo? A partir de quantos anos sem serem nomeadas nenhumas pessoas não brancas é legítimo reclamar e começar a falar do assunto? Que eu saiba, exercer o direito à indignação e usar da liberdade de expressão ainda é legítimo, mesmo que haja quem não tenha paciência para ouvir.

      Já agora, food for thought: certamente que também houve muita gente de bem sem paciência para a questão ridícula dos assentos nos autocarros, e que havendo tantas questões prioritárias achavaram uma fantochada a Rosa Parks preocupar-se com assuntos menores como onde sentar o rabo.

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    16. Cláudia Filipa22.1.16

      Luna, então vamos a isso. Depois já não digo mais nada sobre isto.
      Exercer o direito à indignação, obviamente que é legítimo, usar de liberdade de expressão, obviamente que também é legitimo, já estamos, felizmente, no patamar em que isto é legítimo e mais do que legítimo é possível, então é deste patamar que partimos, partindo deste patamar talvez não fosse mau perguntar, ok, legítimo é, mas temos mesmo razão neste caso? Este caso é efetivamente um caso de discriminação/racismo?. Falou da BD, tem toda a razão, o raciocínio é o mesmo e a pergunta é idêntica, esse caso configura mesmo uma situação de discriminação contra as mulheres? ou não é nada disso, nem num caso nem noutro. É neste ponto que estamos a discordar, Luna, é que eu entendo que só teríamos uma situação de racismo, se tivesse existido uma grande quantidade de filmes com atores negros e de entre esses atores um só que fosse tivesse interpretado um papel que quer especialistas quer não especialistas considerassem ser claramente merecedor de uma nomeação e esse ator não tivesse sido nomeado, neste tipo de exemplo, já acharia legítima toda "a barulheira" que se fizesse sobre o assunto. Creio não ser o caso, e não sendo o caso corre-se o risco da perda de credibilidade, de não existir qualquer fundamento para a indignação e lá está a coisa cair na classificação de fantochada, e depois em vez de se angariarem todas as simpatias possíveis para as causas que carecem delas pode dar-se origem exatamente ao efeito oposto, e há por exemplo um Pipoco Mais Salgado que faz um post destes e uma Cláudia que comenta e diz que para certas coisas não tem paciência, não tem paciência que quem podia e devia fazer o possível por uma causa que, sim, ainda se justifica e ainda se irá justificar por muito mais tempo o possa estar a fazer tão mal, por existir uma forte probabilidade de, naquele caso específico, até não ter razão nenhuma. Está recordada da Lupita Nyong,o, falo dela porque sem ter o currículo nem de perto nem de longe dos outros, novíssima, apareceu, interpretou e venceu um Oscar, para ela foi bem fácil. Já o Leonardo Dicaprio, por exemplo, louro e de olhos verdes, dizem as más línguas que a academia embirra com ele.
      O caso da BD é a mesmíssima coisa, eu não percebo nada de BD mas perguntei a quem percebe muito mais do que eu e todos me disseram que sem dúvida que os melhores são homens, gente que até nem tem por hábito olhar para as mulheres como seres inferiores, a ser assim considerei naturalíssimo que na lista dos melhores entre os melhores lá estivessem os tais homens que são, segundo quem percebe daquilo, por enquanto efetivamente melhores e lá está não achei graça nenhuma mais uma vez uso o termo de que a Luna não gosta, achei essa coisa de lá ir pôr mulheres à força, uma fantochada, que mais uma vez em vez de sensibilizar para uma questão pode produzir o efeito contrário e criar mais anticorpos.
      Podemos perguntar qual a razão de não existirem mais filmes com atores negros como a Luna já aqui referiu, mais protagonistas negros, mais pares românticos em que os atores são negros e eu, correndo o risco de estar errada, digo-lhe que pode ser por uma questão de identificação e não por uma questão de racismo, os filmes são feitos maioritariamente por brancos e vão ser vistos por uma maioria de brancos e como sabe aderimos mais facilmente àquilo com que nos identificamos, sem que isto signifique considerar ninguém inferior a ninguém. Se a Luna passar a ter uma indústria de cinema forte em África, por exemplo, aposto consigo que 90% dos atores serão negros, tal como em Bollywood 90% dos atores penso que são indianos e agora nós vamos para lá fazer um espalhafato que aquilo é racismo?
      Está a ver a diferença, Luna? Penso que certas coisas têm outros motivos, ou se quiser, outra justificação para serem da maneira que são e que isso não tem nada que ver com discriminação, e para mim, esta questão dos Óscares e aquela questão da BD enquadram-se nestes casos. (Continua)

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    17. Cláudia Filipa22.1.16

      (Continuação)
      Completamente diferente é o exemplo que deu da Rosa Parks, completamente diferente, e não me venha dizer que eu não teria paciência e acharia uma fantochada a Rosa Parks "preocupar-se com assuntos menores como onde sentar o rabo" porque digo-lhe uma coisa, nesse caso, sim, toda "a barulheira" foi pouca e acredite em mim, garanto-lhe, estaria também eu a fazer "todo o barulho que pudesse". O que não acho é que tudo seja motivo para fazer barulho, porque se fazemos barulho por tudo e por nada, ou sem pensarmos um bocadinho primeiro, podemos chegar ao ponto de nos acontecer como o Pedro e o Lobo, e quando o nosso barulho for mesmo necessário e justificado olharem para nós encolherem os ombros e pura e simplesmente dizerem, lá estão aqueles outra vez a fazer barulho, é não ligar.

      Izzie, percebi perfeitamente que não me quis "amesquinhar", sei o que é estar completamente convicta de uma coisa e querer passar a mensagem, acredite ou não, percebo isso.

      Mirone, sei que não fizeste nada para que te agradeça, não há nada do que agradecer, mas quer queiras quer não apetece-me dizer-te, obrigada.

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    18. Cláudia, só para terminar (de vez!), acho que há aqui uma confusão sobre o que está a debate, e que deriva muito da forma como as discussões são resumidas, inclusive aqui, e que levam a equívoco.

      Se perder algum tempo a ler sobre este tema e como começou a discussão, e ao contrário do que se depreenderá dos posts do Pipoco, verá que se discute muito menos racismo/discriminação como causas directas, mas antes a falta de acesso, inclusão, e representação, e as causas endémicas que levam a que ainda hoje haja esse tipo de desigualdades; em vez de se tratar de uma "fantochada" com objectivo enfiar à força mulheres ou não brancos em cenários em que estão em minoria como forma de resolver o problema.

      Anyway, nice talking to you, acredito que havendo tempo e oportunidade seria uma discussão proveitosa.

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  8. Pipocante Irrelevante Delirante20.1.16

    Porque é que nestas conversas de raça ninguém menciona os hispânicos e asiáticos?

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    1. Repare que tenho tido sempre o cuidado de dizer pessoas não brancas, exactamente para não esquecer diferentes demografias, algumas ainda mais sub-representadas.

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  9. Anónimo20.1.16

    Ai tio, olhe isso tudo para mim não passa de trouxa para encher chouriços e distrair a atenção das massas de tópicos realmente importantes para as suas vidas.

    Enfim, nem sempre podemos dispor de vestidos azuis e pretos que parecem branco e dourados e criar um torvelinho em torno disso - "Ovelhas! Para ali!" - ladrou o cão enquanto o pastor sorria.

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  10. De facto, podemos ter dois olhares quanto a este tema (e a outros): olhamos para a frente e vemos o muito que ainda há a caminhar ou olhamos para trás e verificamos que algum caminho já foi feito. Nesta segunda posição, olhando para trás, posso dizer que a minha avó tinha, no seu passaporte, uma frase que dizia uma coisa do tipo "carece de autorização do marido para sair do país em tratando-se de mulher casada" (que era o seu caso). Eu guardo esse passaporte, para não me esquecer que algum caminho, pelo menos, já foi feito.

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  11. Anónimo21.1.16

    Não se deixem levar com conversa fiada... Os homens podem bem amamentar.

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  12. Marta21.1.16

    Que diriam se houvesse um white movie awards? Pois é.
    No entanto, nos EUA há Black movie awards. Isto de se embandeirar grandes convicções porque sim, revela muita ignorância.

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    1. Anónimo21.1.16

      E? No caso de não ter reparado, também há, chama-se Oscars.

      Um minuto de silêncio pelas pessoas que não percebem a necessidade de haver segundas ligas.

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    2. Anónimo21.1.16

      Anónimo, tem consciência do que escreveu???

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    3. Anónimo22.1.16

      Perfeita. Trata-se de dimensão e dinheiro. Tal como os pequenos clubes não podem competir em pé de igualdade com os grandes, pela mesma razão tem de haver festivais de cinema independente, documentários, curtas, onde vão a competição filmes que não têm por trás a máquina de fazer dinheiro dos grandes estúdios, orçamentos ilimitados, tecnologias de ponta, e actores com contratos milionários mundialmente conhecidos, o que há de ser o caso da esmagadora maioria dos filmes a competição nos Black movies awards. Filmes feitos com menores orçamentos, menos meios, mais dificuldades. E que para serem reconhecidos entre pares haviam de ir competir onde? Aos Oscars? Aos globos de ouro? LOL

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    4. Anonimo Sem Blog22.1.16

      Tem toda a razão

      http://www.blackmovieawards.com/index.php?p=2006-nominees-and-winners

      Aqui pode ver-se uma lista de filmes de baixo orçamento e com reduzida distribuição

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    5. Anónimo22.1.16

      Dado que só houve 2 edições, 2005 e 2006, não sei se teremos amostra suficiente para fazer uma comparação com a generalidade dos nomeados para os oscars.

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  13. Serei só eu a pensar que neste caso o racismo foi claramente assumido pelos negros?

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  14. Lady Kina21.1.16

    Pipoco, esta cena dos Óscares e dos pretos e não sei quê, já lhe rendeu quase sessenta comentários! Tinha noção, foi premeditado ou tiro no escuro?

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    1. Então Kina? Até parece que é a primeira vez que cá vens. Puro "pavlovismo".

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    2. Lady Kina21.1.16

      :-))))) (sorriso com quíntuplo queixo!)

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  15. Anónimo22.1.16

    este pessoal não vê séries?
    how to get away with murder - 2 protagonistas pretos
    anatomia de grey - chefe de cirurgia e dono do hospital pretos e ainda outros que são "chefes de coisas"
    scandal - protagonista preta e bem mexida e cotada...
    que se passa?
    ainda ninguém disse aqui filmes com pretos e respectivos actores que são fantásticos e deviam ter sido nomeados este ano!
    quais são?

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    1. Anónimo23.1.16

      E as séries que referiu foram escritas por uma produtora televisiva negra, Shonda Rhimes. A malta quando quer vê mal em todo o lado, irrra!

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