16 dezembro 2015

Parecendo que não

O Arouca perdeu tantos jogos como o Benfica, os postes de iluminação da segunda circular são mais baixos na zona de aproximação à pista do aeroporto, Mozart não morreu em Salzburgo, Erik Axel Karlfeldt já ganhou um Nobel da literarura (e Roth ainda não), Ilsa Lund nunca disse "Play it again, Sam" (nem Rick), eu nunca me candidataria a que me pagassem o casamento, as filas em Executiva da TAP estão cada vez mais encostadas umas às outras (dizem-me que em turística ainda é pior mas isso não posso confirmar), vou entrar em dois mil e dezasseis num hotel onde me apetecia ir há muito tempo, Modiano não é mau escritor, cada vez mais me afasto de Jesus.

3 comentários:

  1. Anónimo16.12.15

    De qual Jesus?

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  2. Cláudia Filipa17.12.15

    Ao jantar, estava a comer um prato de massa, só massa com molho de tomate, mesmo com tomate e com todos os outros ingredientes com que se faz um bom molho de tomate, estava a saber-me pela vida, e saiu-me um, Deus existe, estou agora a lembrar-me que, acreditar na existência de Deus pode ser tão reconfortante como um prato de massa com molho de tomate, e acreditar num filho do tal Deus também. Outro dia alguém me disse, "Gosto muito de ver as ruas enfeitadas com as luzes de Natal, não haviam de poupar nas iluminações de Natal, uma pessoa assim não se sente tão sozinha, fica-se mais quentinho, há tanta coisa onde podiam poupar". Bolas! é de valor fazer pessoas sentirem-se menos sozinhas e mais quentinhas. Já sou crescida, portanto, torna-se inevitável saber que as coisas são como são, mas faço tudo para que não morra aquela parte de mim que não tem sempre de ver para crer, às vezes, gosto de embarcar na magia, e, às vezes, tapo os ouvidos e digo, cala-te, não me interessa que seja a fingir.

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  3. Fico muito desapontada quando vou na segunda circular e os aviões estão a levantar em vez de estarem estar a aterrar.

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