23 novembro 2015

Danos colaterais

A minha mãe telefona-me agora praticamente todos os dias. Não esconde que deseja saber se eu cheguei bem, que isto nos aviões anda tão perigoso... (acabamos a falar de coisas cá nossas).

O meu pai também me telefona, nos dias em que não me telefona a minha mãe. Para falar de bola e de como os aviámos mais uma vez e de coisas de homens. (acabamos a falar de como isto nos aviões anda tão perigoso, ele a querer saber, só por saber, evidentemente, para onde vou voar amanhã).

7 comentários:

  1. Ou seja, a sua mãe vai direita ao assunto.

    Boas viagens, caro Pipoco.

    (todos os anos pelo Natal me pergunto se o meu Natal seria pior se ninguém me dissesse Feliz Natal. E concluo que sim, que seria pior)

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  2. As mães são carinhosamente manipuladoras. E levam a sua adiante, sobretudo se for para cuidar, a qualquer custo.

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  3. As dinâmicas parentais são sempre interessantes...
    Já agora, boas e seguras viagens!

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  4. Anónimo24.11.15

    Aproveite Tio, enquanto os tem por cá. Quando lhe faltarem vai sentir umas saudades desses telefonemas que até vai doer...
    VW

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  5. Para os pais, estamos sempre no melhor local para acontecer um atentado.
    Outro dia, a minha avó (que é aquela cena de mãe 2.0) liga-me a perguntar se está tudo calmo por aqui, por causa dos atentados... moro em Lisboa.

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  6. Anónimo24.11.15

    Há sempre um cheiro a soez quando toca em politica ou bola, que não (lhe) passa.


    (anónimo mauzão, a quem o belo bichano preto não incomoda nada )

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  7. Cláudia Filipa24.11.15

    Contra a segregação e a auto-segregação ou vice versa, neste meu jeito margem sul de ser, venho estragar-lhe a ambiência e dar-lhe duas beijocas, uma em cada bochecha. A primeira beijoca vai para: "Teremos sempre Paris" que vai por ali fora e desagua num parágrafo que resume um importante foco do problema, segregação e auto-segregação ou vice- versa. Ou como, às vezes, só partilharmos o sítio onde vivemos e é tudo quanto a partilha. Os tais focos de recrutamento preferenciais, os tais que, afinal, sempre foram eles, as tais não misturas, ou as muitas formas de apartheid. Já para nós que tivemos sempre Paris, mesmo que só na condição de metáfora, é coisa para se nos entranhar de uma maneira que evita, por exemplo, que eu chegue aqui ao seu blog e descarregue uma kalashnikov nos seus posts que, assim ao de leve, roçam a temática daquilo de três jogos, três vitórias, "e de como os aviámos mais uma vez", mesmo que, desta vez, tenham sido palavras proferidas pelo senhor seu pai...
    A segunda beijoca vai para: este post cuja caixa de comentários lhe invado agora sem pudor, para mim, muito mais fofinho que o gato, mas não leva a beijoca pela fofura do post, leva a beijoca pela identificação de alguns dos danos colaterais. São esses, são.

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