17 agosto 2015

Coisas do Camiño

Não quis saber muito sobre o Camiño mas os que por aqui passaram antes de mim deixaram spoilers suficientes. Que o Camiño me faria diferente. Que o importante era a caminhada e não a chegada. Que O Senhor me ajudaria se eu desfalecesse. Que o esforço é sempre recompensado. Que a dureza do Camiño seria atenuada pela bondade do meu coração.

Felizmente,  Sam, the red, deixou uma mensagem escrita na parede do bar onde tomei a primeira refeição: "prefiro andar todo nu, besuntado de mel no meio de uma família de ursos, do que fazer o Camiño outra vez".

Não há nada como ter alguém a dizer as coisas tal e qual elas são.

6 comentários:

  1. Anónimo17.8.15

    Meninos....

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  2. conte-nos tudo, não nos esconda nada.

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  3. Anónimo17.8.15

    O Sam é cá dos meus. Hei de ir ao Camiño, hei de percorrer as partes mais bonitas, mas de carro, claro! (que eu não sou maluquinha).

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  4. Já me passou pela cabeça, mas nunca me meti ao caminho. Ninguém gosta de spoilers e com razão. Só posso imaginar a quantidade de peregrinos que chegam frustrados ao fim da viagem porque o que levam do Camiño é uma experiência muito mais material feita de maleitas várias e bolhas nos pés, do que propriamente o pacote místico de que tantos falam.

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  5. Cláudia Filipa17.8.15

    Era isto, era mesmo isto. Estava secretamente a contar consigo para ficar a saber de um Camiño, nu e cru, sem pós de perlimpimpim.
    Essas frases do primeiro parágrafo, deixadas pelos peregrinos, são um paralelismo entre o Camiño e a vida, não é? como se o Camiño, do Camiño, fosse o caminho da vida em resumo.
    O Sam, para além de me ter feito rir, parece-me cheio de razão. Devem, tal como na vida, existir coisas no Camiño, que a acontecerem uma vez, chegam muito bem.
    (e porque hoje, estou um bocado alarve e não quero estragar a atmosfera bonita do post que está depois deste. Digo-lhe, aqui, do alto desta minha alarvice momentânea, que acho que chorou, não por causa da música, mas porque já não aguenta de tantas dores nos pés).
    Força para o que falta, Pipoco.

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  6. Anónimo17.8.15

    Tal e qual como eu com a ida a Fátima.
    Digo que vou num ano, que vou no outro, mas nunca mais vou.
    Para quê mentirmos à nossa própria natureza?

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