11 abril 2015

O aviador voou baixinho sobre o lago.

Nem sempre vemos melhor quando nos afastamos, há ocasiões em que é mesmo preciso voar baixinho, mais perto, porque, ao contrário do se diz, nem sempre o essencial é invisível aos olhos. Nem sempre. Vê tu as nossas trevas, Ruben Patrick, não há quem não as tenha, o que há é quem as consiga guardar em melhores sítios. E quando as pessoas guardam bem as suas trevas parecem melhores pessoas. E são, Ruben Patrick, e são.

16 comentários:

  1. desde que as conheçam, porque se não as conhecem, se as ignoram, só vivem nas trevas e as trevas #MindTheGap e distância é preciso, muita, muita distância, há quem veja tudo desfocado ao perto... <3 (gostei imenso do post)

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  2. Cláudia11.4.15

    Depois de termos voado baixinho, se não tivermos gostado de algumas coisas que vimos, se nos afastarmos, podemos ver melhor. Podemos ver melhor que há coisas às quais não devemos ligar, porque se lhes ligarmos, podemos perder o gosto por voar e isso é que não se justifica. Há sítios, onde o essencial, é precisamente o que se pode ver com mais facilidade, uma vez que os olhos não andam tão distraídos com aquelas outras coisas, que costumam distrair do essencial.

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  3. Anónimo11.4.15

    Tio, se a sua agenda o permitir, salte do avião e mergulhe, explore. Conheça e conheça-se o suficiente para saber quando deve dar o impulso para voltar à superfície. Ainda bem que é um lago.

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  4. Anónimo11.4.15

    Não, não são melhores pessoas. Apenas escondem melhor do que os outros, ou melhor, vivem para esconder as suas trevas para assim parecerem melhor do que os outros. E isto tem um nome: hipocresia. Mil vezes que assume as suas trevas, que estes que fingem ser ou que nao sao, mil vezes!

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    1. Anónimo11.4.15

      São uns grandes hipocretes!

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    2. Pelo que acabou de escrever, parece-me uma contradição fazê-lo como anónimo. Boa noite.

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    3. Anónimo11.4.15

      É verdade! É verdade! Bem dito sim senhor! São uns grandes hipocretes esses!

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  5. Eu, pensando ter escapado às sessões de psicanálise no final do ano passado, um novo homem por assim dizer, sinto novamente a agitação do onónimo, a fragilidade da frágil sebe que nos separa...

    Pássaros, voo, sim, voo sim, peixes, não, peixes não por favor, sombras atravessando o espelho, tomando conta da realidade, sonhos com ovelhas eléctricas e gatos pretos e brancos...

    A visão demora sempre mais a adaptar-se à penumbra. Mas, como sempre acreditaram os filósofos, que o conhecimento nos ilumine e a verdade nos ofusque, eventualmente...

    Bom fim de semana meu caro.

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    1. Que tenha um bom fim de semana, caro Quiescente.

      (a penumbra é um direito nosso)

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    2. Quociente de Inteligência: Temos a arte para não morrer da verdade, lá dizia o filósofo. Boa noite.

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    3. O caro Pipoco tem razão. "... e são melhores pessoas", obviamente.
      Havia um livro, qualquer coisa como O que os homens maus fazem que os homens bons apenas pensam... Raios, se me lembrasse de um décimo dos livros, só como índice, já nem falo do conteúdo...

      Sim, a penumbra é um direito, mas será a luz apenas um privilégio?

      Prontos, hoje não elogio mais o caro Pipoco. Além de me prejudicar a reputação começo a parecer um daqueles comentários encomendados do sr doutor Mendes ou do sr professor tácito-candidato-a-candidato-a-kingcake Marcelo, ou, pior, um daqueles livros "muito bonitos" que ele apresenta após descarga por meia dúzia de estafetas e antes de purga na lareira.

      Abraço.

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  6. O risco que se corre é o de não sabermos calcular a altura certa. Por vezes, ainda que inadvertidamente, acabamos por nos despenhar.

    Boa noite.

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    1. É verdade, Maria, mas neste caso acho que o Pipoco prefere amarar.
      Boa noite.

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  7. Eu por exemplo vejo malérrimo quando me afasto. Sou míope. E para mim o essencial [para ver] também é invisível aos meus olhos. Uso lentes de contacto.

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  8. Que tem contra os binóculos?

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