02 abril 2015

No dia seguinte ninguém morreu

Talvez Manoel de Oliveira fosse um homem que se ocupava, desde Aniki Bobó, a fazer filmes que não eram candidatos a "filme da nossa vida", alguém a quem assentariam bem as primeiras linhas de um certo Saramago, "No dia seguinte ninguém morreu".

Manoel de Oliveira estava no nosso imaginário como todos os mais velhos deveriam estar, o que sabe mais, o que ouvimos com atenção, o que viu o que não vimos, aquele com quem gostaríamos de nos parecer se um dia tivéssemos um número de anos com três dígitos.

7 comentários:

  1. E sempre lúcido a fazer o que gostava. Ele há coisa melhor?

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  2. Anónimo2.4.15

    Viveu tanta coisa, começou no cinema mudo e chegou aos nossos dias.

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  3. Anónimo2.4.15

    Viveu em dois séculos e era um castiço*

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  4. É isso mesmo. Manoel de Oliveira era o eterno exemplo de como vale a pena viver muito, muitíssimo.

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  5. Além da sua própria perseverança, a obra denotou sempre a simbólica virtude da paciência, tão esquecida em boa parte do cinema moderno. Longa vida.

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  6. Cláudia2.4.15

    O meu acompanhamento da obra de Manuel de Oliveira foi intermitente, a admiração por aquilo que o homem me transmitia foi contínua. Mas, é dele, um dos filmes da minha vida, Vale Abraão. Concordo com o Quiescente, a "virtude da paciência" e junto-lhe mais duas palavras, suavidade e elegância.

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