09 março 2015

Post das oito e meia

Nem sempre escrevi em Arial Onze, nem sempre seleccionei "casa" num monitor e o carro me ensinou o melhor caminho para chegar a casa, nem sempre me bastou dizer "Rita" para o telefone marcar o número da Rita, nem sempre corri com as minhas músicas nos ouvidos.

Houve um tempo em que escrevia à mão, primeiro letras redondinhas e certas, depois sempre em maiúsculas, finalmente com letras que só eu entendo, houve um tempo em que me servia de mapas e cartas topográficas, houve um tempo em que ligava de telefones públicos (nessa altura ligava para a Mafalda), houve um tempo em que recolhia a fita das cassetes com uma esferográfica, para não gastar as pilhas do walkman.

9 comentários:

  1. Anónimo9.3.15

    Nostalgia? É hoje o primeiro dia na Casa de Repouso?

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    1. :DDDDD

      vinha só fazer um reparo acerca da velhice, mas já cá está

      prudência! se disser apenas "Rita" irá gastar uma fortuna em chamadas sempre que estiver com a Rita.

      a médica de família diz-me que centrum select 50+ ajuda.

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  2. Disso tudo que também experimentei houve uma coisa que me fez cócega de ler: os mapas. As viagens que fiz com os meus avós, armada em piloto de naveação. Agora fui cruelmente substituída pelas "Catarinas" do GPS e, diga-se sem que ninguém me oiça, já não sirvo para nada em viagem...

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  3. Vá lá, já havia walkman, sortudo!

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  4. Anónimo9.3.15

    Tio Pipoco em versão "o quanto a tecnologia me mudou" em vez de "o quanto a tecnologia mudou" (não necessariamente avançou).

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  5. Cláudia9.3.15

    Acabei de ler este post. Não ia dizer nada, mas depois...porque é que será que onde as outras pessoas leram velhice e avanço tecnológico, eu li, self made man na sua actual definição.

    (Quanto àquilo do outro post, vá, não fale antes de tempo)

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  6. Oh, isso não é nada! Eu fazia as contas num ábaco, via as horas numa clepsidra, ouvia música numa grafonola e dava instruções às empregadas através de sinais de fumo. Foram bons tempos!

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  7. Ainda há dois ou três dias pus no Facebook uma fotografia com uma cassete e um lápis e uma legenda que rezava qualquer coisa como "as gerações futuras nunca poderão entender a relação entre estes dois objectos."
    Os comentários foram às dezenas (tudo gente saudosista). Pessoalmente, acho que para o efeito nada batia uma esferpgráfica Bic (tinha de ser Bic).

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