24 março 2015

Em verdade te digo, Ruben Patrick

Leram todas muito Herberto Helder.

Claro que sim.

15 comentários:

  1. Anónimo24.3.15

    Ahahahahahah! Sim, só eu sei porque o adoro :)

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  2. naturalmente! mas tem dúvidas?
    e todos (não é um exclusivo das mulheres) irão citar um dos seus poemas (mesmo que não seja da sua autoria)

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  3. Anónimo24.3.15

    Em verdade te digo Salgado que andas um grande bocejo.

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  4. Lady Kina24.3.15

    Ihihihihihihihih! Até há quem diga "gosto muito mas não percebo nada!" Estupendo. LOL

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  5. Respostas
    1. Anónimo25.3.15

      Ora aí está!
      Na mouche.
      Pela primeira vez Arrumadinha conseguiu um feito.
      A piada virou-se contra o comediante, sem que o comediante se desse conta de quão boa foi a piada.

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    2. Anónimo25.3.15

      Um feito, sim. Mas não é o primeiro.

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  6. Já hoje foi citado na comissão parlamentar ao BES. Vai daí foi toda a correr ler.

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  7. Anónimo24.3.15

    Tio pipoco, nunca tinha ouvido falar no senhor Herberto até hoje e continuo a desconhecer a sua obra. Gostei do nome dele, mas por causa dele fui procurar o autor de um poema que uma vez me dedicaram e que guardei um trecho na memória. Reler esse poema foi muito mais interessante.

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  8. Em verdade te digo Ruben Patrik, as pessoas têm de falar de alguma coisa, ainda que não percebam do que falam. Prefiro ouvir do que morrer surda, ermita dos outros.
    Dos eruditos reza uma história muito aborrecida.

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  9. Anónimo24.3.15

    Poema-testamento:


    irmãos humanos que depois de mim vivereis,

    eu que fui obrigado a viver dobrados os oitenta,

    fazei por acabar mais cedo vossos trabalhos cegos,

    porque nestas idades já não nunca,

    nem leituras embrumadas,

    nem crenças, nem política das formas, nem poemas no futuro, nem

    visitas extraterrestres de mulheres

    exorbitantemente

    nuas, cruas, sexuais, luminosas,

    só vê-las um pouco, sim, mas vê-las também cansa,

    é como trabalhar: stanca,

    lavorare stanca,

    queríamos tanto acreditar no milagre isabelino do pão e das rosas,

    e só tínhamos que perder a alma,

    hoje talvez eu mesmo acreditasse melhor, mas foi-se tudo,

    enfim esses jogos gerais, ao tempo que se esgotaram!

    livros, je les aí lus tous, e como de costume a carne é insondável,

    estou mais pobre do que ao comêço,

    e o mundo é pequeníssimo, dá-se-lhe corda, dá-se uma volta,

    meia volta, e já era,

    irmãos futuros do gênio de Villon e do meu gênero baixo,

    não peço piedade, apenas peço:

    não me esqueceis só a mim, esquecei a geração inteira,

    inclitamente vergonhosa,

    que em testamento vos deixou esta montanha de merda:

    o mundo como vontade e representação que afinal é como era,

    como há-de ser: alta,

    alta montanha de merda — trepai por ela acima até à vertigem,

    merda eminentíssima:

    daqui se vêem os mistérios, os mesteres, os ministérios,

    cada qual obrando a sua própria magia:

    merda que há-de medrar melhor na memória do mundo.


    HH

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  10. Anónimo25.3.15

    Mas pondera a possibilidade de algumas pessoas terem, de facto, lido e gostado de Herberto Hélder, ou não?
    E porque é que reduz ao género feminino a impossibilidade ou o desinteresse em ter lido Herberto Hélder?
    Perdoe-me as dúvidas, mas eu sou daquelas que "Leram todas muito Herberto Hélder. Claro que sim." e não percebi onde quis chegar.
    Ou melhor, percebi, porque não sou tola nem nada, só não percebi a necessidade que teve de o escrever.

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