15 fevereiro 2015

Depois disso do dia dos namorados

Talvez o maior poder da música seja clarear as pessoas aos nossos olhos, acontece termos há muito esquecido a música e a pessoa, nem uma nem outra valiam grande coisa, mas, basta que a música nos apareça sem avisar, muitos anos depois, e logo a pessoa nos surge, despida de tudo quanto é mau, agora é só aquela pessoa no preciso momento em que escutámos aquela música, o que aconteceu depois agora não interessa nada, o que lá vai, lá vai.

Depois passa, evidentemente.

10 comentários:

  1. Anónimo15.2.15

    Acontece o mesmo com os perfumes e com os sítios.....

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  2. Os perfumes, os sons e os sabores são os guardiões das nossas memórias.
    Canela no arroz doce e tenho 5 anos, empoleirada no colo farto da minha avó.
    Diospiros maduros e estou com o avô Zé debaixo do céu mais estrelado de todos, lambuzada e deliciada.
    Positive Vibrations na voz quente do Alvin Lee, e danço um slow com o Manecas ( que será feito do Manecas ?, deve estar entradote, como eu...)
    Só lembranças boas, quem sabe com quantas coisas mas à mistura que se perderam no labirinto das recordações felizes... Gostei de ler.

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  3. Cláudia15.2.15

    É a música no papel de efeméride, tal como isso do dia dos namorados, as efemérides são auxiliares de memória, não são? dizem que servem para lembrar, assinalar, coisas realmente importantes, é assim meio estranho, porque as coisas que são ou foram, para nós verdadeiramente importantes, nunca as esquecemos pois não?, são casos em que a nossa memória não carece de ser auxiliada. Talvez seja então esse o valor de algumas músicas e de algumas efemérides, por momentos despirem pessoas de tudo quanto é mau..."Depois passa, evidentemente."

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  4. Lady Kina15.2.15

    Ao contrário dos cheiros e dos sabores, embora muito mais os cheiros, e até certas imagens difusas, que encerram imenso potencial mnésico, a música não me devolve momentos ou pessoas. A música é talvez a forma através da qual mais de mim me aproximo, nada mais fica gravado a não ser, no limite, essa reacção primeira. Quando uma música deixa de me “dizer algo” então é porque eu deixei de ser essa pessoa e passei agora a uma outra.

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  5. Há músicas que embebedam mais que dez gin tónicos. Não que eu saiba dessas coisas.

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  6. As músicas de uma vida evidentemente!

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  7. Protesto, e não pago. Este deveria estar no arquivo 'Problemas das Mulheres no imaginário dos Homens', sim, a rubrica do costume.

    (nova fase Nick Cave?)

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    Respostas
    1. Tss tss
      Não vê que é um daqueles posts a apelar à identificação por parte da vítima?

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    2. :DDDDD
      Caro D. Pipoco, aí está uma boa pergunta da excelente Cuca. Vai agraciar esta plateia com a Sua presença?

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  8. Anónimo16.2.15

    Tio, posto bastante assertivo...depois passa rapidamente(e ainda bem). :)
    VW

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