29 agosto 2014

Crónicas da viagem grande (IV)

Talvez o senhor Nunes tenha apreciado eu ter declinando o pacote de açúcar quando me serviu do seu café, talvez tenha percebido que me apetecia conversa, talvez tenha apetecido conversa ao senhor Nunes, a verdade é que o senhor Nunes, que tem estabelecimento aberto na Fajã dos Vimes, passando da Calheta é ir na direcção do mar com vista para o Pico, o senhor Nunes, dizia eu, fechou a café Nunes só para me mostrar os arbustos de café nas traseiras do estabelecimento e explicar como consegue produzir o seu próprio café, que me soube como um dos melhores cafés que já bebi, bem sei que talvez tenha sido da conversa e de ter visto com os meus olhos todo o processo. Talvez no próximo ano o senhor Nunes tenha café para vender a quem o queira beber fora da Fajã dos Vimes, assim cresçam os pés de cafeeiro plantados no ano passado.

(A quem possa interessar: o senhor Nunes não emprega mulheres. Nem homens. E também não escreve em blogs.)

6 comentários:

  1. :DDDDD
    só mesmo o Pico para redimi-lo junto das suas leitoras.

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  2. :D
    já ía um café à séria e dos bons, já!

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  3. Maria Eduarda29.8.14

    Que saudades desse café e do senhor Nunes!

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  4. Isso sim são férias! Abraço e boa continuação!

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  5. Anónimo29.8.14

    Só café? Nem uns pezinhos de liamba assim estrategicamente disseminados pelo meio?
    Também não o vinha dizer, claro.
    Caíam-lhe as oposicionistas em cima que andava era a traficar erva.

    anti.

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  6. Gosto de senhores que podem ou não usar o nome de Nunes, mas que apreciam o facto de alguém declinar o pacote de açúcar quando se preparam para beber o café. Uma grande parte olha pessoas que declinam pacotes de açúcar neste ritual de beber café como se fossem verdadeiros ET's. ET me assumo.

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