11 janeiro 2014

As coisas são como são

Há momentos icónicos nas nossas vidas, poucos segundos que condensam a essência do que somos, momentos que ficam na memória dos que estão a ver, determinantes para a forma como nos catalogam a partir daí. Eusébio teve o momento em que foi buscar a bola ao fundo da baliza da Coreia do Norte e a levou para o meio-campo, Cristiano Ronaldo teve o momento em que despiu a camisola depois de marcar o golo pela selecção, Casillas teve o momento em que beijou a namorada-jornalista que o entrevistava, Bono Vox teve o momento em que, ao som de Bad, dançou com a miúda do público do Live-Aid, Diana teve o momento em que atravessou o campo acabado de desminar em Angola, e nós, apesar de todos os filtros do blog, mais tarde ou mais cedo, para o bem e para o mal, para nos agigantar ou reduzir aos olhos dos outros, teremos o momento que nos definirá enquanto pessoas.

27 comentários:

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    1. Pólo, sua incendiária de caixas de comentários!

      (mantemos isto em tensão, que é bom para os números do Blogómetro?...)

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  2. Anónimo11.1.14

    E (mais) comentários para quê ????

    Um belo post, inspirado.

    (embora o "mundo" para lá de Pipoco, considere o momento icónico da Diana a sua dança com Travolta...e nem sabem das minas, ou quase)

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  3. Mas será esse momento claro para nós? Ou apenas definido pela sociedade envolvente?

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  4. momento* como em *coisa mediática* não é?
    como a maior parte do resto de nós (os outros) dificilmente terá o seu lugarzinho à luz incómoda dos holofotes da tv (excepto para proferir uns disparates para os telejornais que temos), o nosso momento será a totalidade da nossa vida.
    mas alguém se recorda sequer do homem que inventou o transistor e revolucionou a nossa era? qual foi o momento dele? os prémios nobel? as infindáveis horas de investigação?

    deixe lá meu caro. hoje tb estou deprimido...

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  5. Sr. Pipoco, vim aqui informá-lo - com o conhecimento de causa feito de meio livro a uma ratio de 82% entendido - que o Ulisses é uma coisa de meninos.

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  6. Vinha só aqui dizer "Taliqual, tenho pensado muito nisso ultimamente..." Mas depois vi ali o primeiro comentário e também não consegui deixar de sorrir... Caramba... Que admirável mundo novo este dos blogues!

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  7. Que assustador... e se no tal momento, o momento que nos vai definir como pessoas, a coisa nos corre mal?

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    1. Pior. E se estivermos mal vestidas? Ou com um cabelo estranho?

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    2. ou estala o verniz...

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  8. Ehpah! Subscrevo as palavras da Palmier!

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  9. Que seja um bom momento para cada um..!

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  10. Anónimo12.1.14

    comparar bloggers com esses ilustres? lol

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    1. Anónimo12.1.14

      Os Egos são como são, tal como as coisas e as pessoas. Lol

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  11. Anónimo12.1.14

    Eu não sei se isso é o que eu penso que é, mas se for, então isto é a estalada de luva branca mais bem dada a que eu assisti. And I just love the irony, porque, obviamente, que não foi apreendida.
    (Tal como a NM, eu também sorri...)
    P

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    1. Anónimo12.1.14

      Eu também sorri...e luva branca está mesmo a propósito.

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  12. E ainda bem que o todo é a soma das partes, porque se pelo contrário, a parte (ou aquele momento / post) definisse o todo, esta coisa dos blogues era coisa para desgraçar muito gente...
    Por mim, o único momento que pode, na blogosfera, definir-nos como pessoas, se isso for de todo possível, é o momento em que criamos o blog, lhe damos um nome e um objetivo, e depois deitamos lá para dentro a imensidão de coisas que temos cá dentro e que todas juntas nos definem como pessoas. Por isso um blog não é um livro, é toda uma história que infinita se desenvolve e nos desenvolve. Por isso é que eu não sou um dia e um momento, sou muitos dias e muitas coisas.
    E depois, o que é isso de haver um momento que nos define como pessoas? Se somos tantas pessoas, se temos tanta gente dentro de nós? O Pipoco explica aqui à Uva, que já vai ficando passa?

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    1. Anónimo12.1.14

      Não sendo o Pipoco, dou-lhe a minha opinião. São aquelas vezes em que, consciente ou inconscientemente, revelamos o nosso verdadeiro carácter. Se quiser, a ética e princípios que nos regem. E que até pode ir contra tudo o que vem sendo mostrado. Mas é de tal maneira forte que impacta a opinião dos restantes.
      P

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  13. Meu querido anónimo, isso vai bem com um momento triste em que uma pessoa solta um amargo de alma que lhe sai pela boca, e que faz parecer que toda ela é aquilo, aquele azedo. Dar a conhecer-se, num todo, completo, por um único momento, decifrando todo um mistério que nem o maior Lobo dos Antunes consegue perscrutar, é totalmente impossível, tao impossível como determinar a origem da vida. Meu querido anónimo, é caso para dizer que esse momento impactante é tao difícil de acontecer como o Sr. Anónimo ser conhecido...

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    1. Anónimo13.1.14

      Não disse que dava a conhecer o todo, até porque o todo será impossível de conhecer, mesmo lá fora...
      Mas aqui é muito fácil construir uma imagem, fabricar um personagem e dar-lhe vida. Mas de repente pode-se deitar tudo a perder (ou a ganhar), porque se é desonesto, porque se mostra subitamente uma enorme generosidade, enfim, as hipóteses são várias. Até lhe poderia dar exemplos, mas não seria apropriado.
      Este post é particularmente genial e conseguiria enumerar várias cabeças a quem serve o carapuço. Por outro lado, também duvido que o nosso Pipoco use isto para outra coisa que não seja provocar, veja-se o cuidado que teve, de modo que ficamos assim.
      P

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    2. Anónimo14.1.14

      Excelente análise (como sempre, P) .
      E repare-se na simetria !!!

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    3. Anónimo14.1.14

      Obrigada
      (A simetria tem tudo a ver, foi estudada ao pormenor, nem sei se estamos a falar do mesmo mas é capaz de ser irrelevante)
      P

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  15. Muito bom
    Feliz Ano Novo :)

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