30 dezembro 2013
2013 foi como foi
O ano em que deixei de ter um cão preto nunca poderia ser um ano bom, mesmo que tenha sido o ano em que li Jo Nesbo em Oslo e Conan Doyle em Londres, o ano em que esquiei em Andorra e subi ao cume do Galdhøpiggen mas também o ano em que me aventurei no golfe e vibrei com o jogo do novo campeão de xadrez, o ano em que vi teatro como nunca, mas não consegui terminar Ulysses de Joyce, o ano em que a minha profissão mais exigiu de mim, mas o ano em que mais cedo esgotei as minhas férias, o ano em que mais horas trabalhei, mas o ano em que menos noites dormi em hotéis, o ano das grandes decisões, mas o ano em que tive tempo para me deitar ao sol na minha relva e ficar só ali sem pensar em nada, o ano em troquei poker por meditação e gin por água lisa.
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Votos de boa saúde e muitos momentos felizes em 2014, caro PMS.
ResponderEliminarOm Shanti
E o ano em que foi BILF...
ResponderEliminarAbraço, e excelente 2014, Pipoco...!
ResponderEliminarE uma festinha no pêlo do ciclope, onde quer que seja que se encontre.
[dá-me jeito continuar a acreditar numa espécie de céu para cães, não me contrarie, sff!]
Venham mais coisas boas!
ResponderEliminarAmanhã começou o meu ano. No Mediterrâneo, como é costume. Tantas tremuras e imensa vontade de não estar. O início de uma peregrinação anunciada como deve ser, no início evidentemente. E foi um ano bom, este que quase finda e se fina. Ano em que me levavam ao colo para o pôr-do-sol , em que viajei vezes sem conta com Tiziano Terzani e apontei todos os percursos porque sei que os vou fazer. Ano em que a minha égua me entrou pelo quarto adentro e chorámos, uma e outra. Foi o ano em que aprendi a culinária goesa, em que recomecei a dançar como há tanto tempo sonhava.
ResponderEliminarFoi o ano em que três meninas e um rapaz me adoptaram e me fizeram a cama no quarto do sótão, no dia em que os pais exigiram que jantasse com eles. Um ano de muitas lágrimas e muitos sorrisos e muitas mais cumplicidades, com o Manuel, 5 anos, que a meio do filme, olhou-me e eu quase a chorar, me disse «Não te preocupes, Helena, normalmente, os filmes acabam bem. Come as minhas pipocas». O ano em que para que um livro fosse meu, não bastou aceitá-lo, tive de o ler. O ano em que o clarinete soou em minha casa, anunciando a minha Avó Leonor.
Rever o ano é a oportunidade de saborear e recordar quem sou, para então, com a memória viva, ter os olhos limpos para o que virá.
Obrigada, caro Salgado, pela companhia e pelo que me fez rir.
Maria Helena
Seja feliz com lágrimas e obrigada pela sua despretensiosa simpatia.
EliminarBom 2014, Maria Helena.
Um beijo da Dulce
Que mais me resta senão agradecer o privilégio de poder tê-la desse lado, Maria Helena?
ResponderEliminarainda falta um dia (ou todos os dias de um tempo mais ou menos uniforme), e mundo é um pequeno charco cheio de surpresas.
ResponderEliminarO que seria de mim, se não tivesse como dar corda às velhas engrenagens que me alimentam a imaginação. Agradeço a quem lhe ensinou a arte da escrita, e a si Senhor , que a pratica com mestria.
ResponderEliminarBom 2014. D
Gente fina é outra coisa!
ResponderEliminarCaro Pipoco,
ResponderEliminarCom um 2013 destes, que 2014 seja no mínimo igual.
Bom Ano Novo
barbaecabelo.net