03 setembro 2012

Em verdade vos digo

E falando ainda desse tal pior filme de sempre do Woody Allen, mesmo considerando que visualizei o Midnight in Paris, há uma altura em que o Woody Allen consegue sacar a Julia Roberts, que é uma coisa que está sempre a acontecer, as Julias Robert costumam interessar-se por Woody Allens, as mulheres bonitas têm um sacrossanto dom de preservação da espécie que as faz interessar-se por tipos com óculos, é a mesma coisa com tipos que escrevem em blogs, basta-lhes um certo ar distante e uma vaga referência a livros e a coisas que as mulheres apreciam, música sacra, por exemplo, e é vê-las com o seu pequeno coração a palpitar, mas, dizia eu, nessa película aziaga o Woody Allen consegue que a Julia Roberts lhe conceda os seus favores porque faz exactamente aquilo que o Julia gostaria que um homem fizesse, não vou aqui contar que o Woody tem acesso à informação porque a sua filha espreita a Julia no psicólogo através de um furo na parede e assim acede a informação vital, a Julia gosta de homens que apreciem Mahler?, pois o bom do Woody torna-se o apreciador número um de Mahler, a Julia aprecia Tintoretto?, pois o bom do Woody devora toda a literatura Tintoretteana, mas a moral da história, era aqui que eu queria chegar, é que não é coisa boa um homem mudar-se por causa de uma mulher, vão por mim que sei destas coisas, tivesse o Woody perguntado a minha opinião e não sofreria por a Julia o ter despachado em três tempos.

16 comentários:

  1. À primeira parte do post eu chamo ilusão, à segunda dignidade:)

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  2. Compreendo o Woody, a literatura Tintoretteana é muito mais interessante que A Montanha Mágica do Thomas More e muito mais arrebatadora que os concertos para violino do Chopin

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  3. Teresa, o bom do Woody devorou os livros que diziam tudo o que havia para dizer sobre Tintoretto, esse grande escultor contemporaneo...

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    1. Maman4.9.12

      Conversa sem nexo... Teresa, escultor era o Moore, não Thomas mas Henry, o Tintoretto era pintor e não comtemporaneo. Em verdade vos digo...

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  4. Pipoco, filho, és um iluminado! ;)

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  5. Senhor, já há muito que não trocávamos cumprimentos e ficarei eternamente agradecida a Tintoretto e seu cinzel, ou isso, a oportunidade de voltar a privar consigo nestas caixinhas

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  6. Ora, Teresa, a menina sabe que lhe basta uma provocação razoavelmente inteligente para me estimular.

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  7. Meu caro patife, folgo vê-lo de volta às lides.

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  8. Não quero que lhe falte nada, caríssimo, e até lhe prometo que na próxima estimulação já terei resolvido o problema do razoável pois só por incúria e desleixo, mea culpa, sim, ainda não dei uso a uma literatura utilíssima para essas coisas do intelecto que me foi oferecida já há uns anos.

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  9. Matilde3.9.12

    A moral da história é muito perniciosa, porque as pessoas preguiçosas que preferem refugiar-se em casa contraem frequentemente doenças.
    Não sabe que Deus dá o pão mas não amassa a farinha?
    :)
    Matilde

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  10. Anónimo3.9.12

    oh. sempre podia falar do melhor filme do Woody: Manhattan ou "como os homens são terríveis".

    M

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  11. Caro Pipoco,
    Parece-me a mim, que não percebo nada disto, que os homens até não gostam de mudar, mas nós as mulheres, é que insistimos, e insistimos até à exaustão, pensando nós, e também me parece que por vezes pensamos muito mal, que conseguimos tal e coiso, mudar homens. E até existem homens que são bonzinhos e tudo, e mudam, porque sim. Ou vai na volta, é porque já não nos podem ouvir, e depois lá têm os cinco minutos de silêncio, que acham eles são merecidos. Pois...

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  12. Tentar saber o que as mulheres querem, se não é a prática mais antiga do mundo, é a que vem logo a seguir... e o Midnight in Paris fez-me sorrir , assim como achei Everybody says I love You um filme engraçado. Não são filmes do Lars von Trier, por exemplo, mas eu também não percebo de cinema

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  13. Ora Pipoco, eu cá não sou fã do Woody Allen, embora tivesse gostado de o ouvir tocar em Manhattan, que gostei não haja dúvida nenhuma, mas o que lhe queria mesmo dizer era que se o Woody o tivesse ouvido também não tinha provado a Júlia e eu tenho uma máxima que é qualquer coisa do género de que "o que provei e gozei já está no bucho e ninguém me tira", ou, "é preferível ter uma dor de barriga por ter comido o bolo, que doer a barriga de fome", escolha a que melhor lhe aprouver, a verdade dos factos é que um poker tem graça e a graça faz parte dessa arte que é o viver.

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  14. Maman, só agora vi este comentário mas ainda vou a tempo para lhe agradecer, penhoradamente, as explicações que teve a gentileza de me dar. Nunca, mas nunca, é tarde para aprender e não fosse Mamen eu ficaria para sempre baralhadinha de todo.

    (Pipoco, as caixas de comentários do teu blog são um must)

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