19 abril 2012

Também te quero dar uma palavrinha, Tio Pipoco

Tio Pipoco, a verdade verdadinha é que as coisas já não são como eram. Pode-se estar um ano sem cá vir e depois fazer de conta que nunca de cá saímos, isso pode. Mas não se pode estar à espera que ainda cá estejam todos à espera, Tio Pipoco, para te dizerem que sim senhores, que está aqui uma escrita que se pode lamber, de tão limpinha que é. As coisas mudaram, neste ano veio a troika e agora as pessoas não têm tempo para os futuros de sei lá o quê nem para vinhos caros nem para que raio estás tu a fazer neste momento, Tio Pipoco. As pessoas querem divertir-se, Tio Pipoco, querem ler coisas que lhes descansem a cabeça. E tu, com as tuas manias e a tua maneira de não dizeres as coisas à primeira, dás uma trabalheira e as pessoas chateiam-se (tu dirias que se aborrecem, Tio Pipoco), isto para além de tu já não teres paciência para a maçada que é isto dos blogs, que isto dá trabalho e ou se gosta disto ou se gosta de golfe e dos restaurantes de La Moraleja, as duas coisas ao mesmo tempo é que não pode ser, Tio Pipoco.

Estamos de acordo, Tio Pipoco, a casa é tua. Mas, acredita no que te digo, eu é que te vou safar disto em que te meteste, eu é que vou aguentar isto nos mínimos. E não me faças ultimatos, Tio Pipoco, se me irritas eu faço um blog só meu e tu acabas naquilo da maldição da irmã da mulher do Djaló ao tipo mauzão dos Ídolos e ainda acabas sentado a aplaudir-me de pé.

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