30 abril 2012

Ruben Patrick reflecte sobre a blogosfera

No princípio havia equilíbrio nisto dos blogs, elas escreviam lá sobre as coisas delas, nós também, com a diferença de elas se zangarem umas com as outras por causa de coisas que achavam que as outras escreviam para as fazer zangar, só podia ter sido para elas, vejam lá que cabra, fez isto só para me dar cabo dos nervos, mas eu vou-me a ela, oh se vou, e andavam nisto, em círculos, não se podiam juntar a escrever no mesmo blog que aquilo mais tarde ou mais cedo dava puxões de cabelos, isto para além de andarem lá pelos guilty pleasures só para embirrarem com unhas azuis e coisas assim e fazerem disso conversa de blog.

Nós não, se gostávamos, gostávamos e líamos, até se dava um abraço ao tipo a quem reconhecíamos valor, a nossa fleuma lendária não nos dava para perder tempo em blogs que não eram do nosso agrado, o mais que concedíamos era um  torcer de nariz, era lamentar a sorte do tipo e seguir adiante, rumo aos blogs que efectivamente nos acrescentavam valor, não tínhamos guilty pleasures, nada de blogs onde só se vai para nos contorcermos de riso, comiseramos-nos pela vergonha alheia ou, eventualmente, para dar um toque ao tipo, dar-lhe um sinal que estava a ir por maus caminhos, não havia registos de nós perdermos tempo em blogs com más temáticas, fazer conversa de café com tipos que escrevem em blogs ou colocarmos as mãos na cabeça em sinal de desespero pelo que escrevia um nosso igual, para além de não haver registo de homens perderem tempo a escrever sobre homens que escrevem em blogs.

Até que os céus nos enviaram "O Arrumadinho" e o paradigma mudou.

13 comentários:

  1. Anónimo30.4.12

    ...E o inferno começou.

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  2. Nada é para sempre! :D

    viagensnomeucaderno.blogspot.com

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  3. É o arrumadinho, ou o arrumador?

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  4. Dê-se-lhe o mérito de conseguir alterar paradigmas. Ainda que para pior, para muito, muito pior!


    http://descobertaseachados.blogspot.pt/

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  5. Ahaha Muito bem visto caro pipoco!

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  6. Isso do "nós" é um bocado prepotente, não Pipoco?? Tu pá, tu! Que a maioria de nós continua a só ir aos blogs que verdadeiramente gosta, a dar abraço a gajos a quem reconhecemos valor (by the way, aquele abraço! A champions ainda há-de ser objetivo conseguido. ;) ) e não tem guilty pleasures desse calibre.

    A menos...a menos....que essa conduta nos traga alguns "debates" interessantes. Com quem defende e/ou com quem partilha os nossos gostos. Tu és é um granda macaco Ruben Patrício!! ;)

    P.S.- Arrumadinho também a sabe toda. Qualquer dia tem um livro e anda de porsche, vais ver!

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  7. Back Door Man, o Arrumadinho já tem um livro, e anda de Pipoca, que não sendo um Porsche, não é menos que uma Famel.

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  8. zorro, o clarificador1.5.12

    Não é bem assim.
    O povo português tem de compreender que o Arrumadinho é uma "obra de arte"
    Sem essa noção cultural, dificilmente os níveis civilizacional e educacional do povo, prospera

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  9. Mas o Arrumadinho está na classe dos homens?

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  10. O arrumadinho não está do lado das mulheres. Nem dos homens.

    Ele é a fronteira! :|

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  11. Mas O Arrumadinho é completamente um blog de gaja.. Logo, a tua teoria continua a fazer sentido!

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  12. Anónimo8.5.12

    De lamentar a inveja tipicamente portuguesa com os sucessos que os outros alcançam - Independentemente de se gostar ou não do Arrumadinho ou de qq outro blogger.


    Fica a questão: se não gostam, se criticam, se ironizam ou menosprezam, porque sabem o que essas pessoas dizem, fazem e os seus sucessos?


    Leio o arrumadinho e a pipoca (para além tantos outros blogues de diversos estilos) e admiro-os pelas suas conquistas

    (ainda que nem sempre concorde com as suas visões.
    Mas é exactamente para isso que a blogosfera serve: para cada um ter um espaço para escrever o que bem desejar que, de outra forma, dificilmente teria essa possibilidade).


    A inveja impede o auto-progresso! Os casos de sucesso e os lutadores que estão por detrás destes exemplos devem servir de inspiração para acreditar que temos um mundo de oportunidades - mesmo quando parece que elas teimam em não surgir!

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