Se és da geração sem remuneração
E se não te incomoda essa condição
Que parvo que és!
Se achas que isto está mal
E assim vai continuar
Larga o facebook e tudo vai mudar
Que parvo que és!
E se ficas a pensar
Que o mundo é que é parvo
Que parvo que és!
És da geração "casinha dos pais"
Que pagam os shots e os copos a mais
Que parvo que és
Filhos, maridos, estás sempre a adiar
Porque nunca te apetece arriscar
E se ainda te falta o carro pagar
Tens a Carris para te transportar
E se ficas a pensar
Que o mundo é que é parvo
Não estudes tanto
E vai trabalhar
És da geração ‘vou queixar-me pra quê?’
Não vais votar, ficas alapado à têvê
Que parvo que és!
Se és da geração que já não pode mais
Ainda agora começou
Vais ter que te habituar a saber onde vais
E se a tua vidinha te soa a oco
Faz qualquer coisa de jeito
Em vez de ler o Pipoco
Não sejas parvo!
Esta sim, esta letra é que está certa! A outra não a vejo, sequer!, como música de intervenção, mas sim de quem vive de barriga cheia, comodista e preguiçoso.
ResponderEliminarEste sim, o verdadeito hino...! Toca a mexer, a arregaçar as mangas e lutar!
ResponderEliminarSusana
acompanhado com som hip hop?
ResponderEliminarMuito bom.
ResponderEliminarBravo!
ResponderEliminarMto melhor que a outra.
ResponderEliminarGrande, Grande, Grande Pipoco!!!!!!
ResponderEliminarora bem! Acho que é por aqui.
ResponderEliminarBoa letra, se bem que só o facto de estar a suscitar reacções como esta já é muito bom.
Urra! Urra! Ando tudo anestesiado...Viva o Pipoco!
ResponderEliminarPipoco...não sejas assim. Há casos e casos. Eu entendo a tua letra e de certa forma concordo (e muito com ela), mas revejo-me mais na outra.
ResponderEliminarTenho 25 - pouco ou nada sei da vida - sou professora (sempre tive trabalho) e este ano a vida trocou-me as voltas. Como tinha arriscado viver sozinha, tive de me orientar! Levanto o rabinho da cama às 6h da manhã e vou fazer limpezas!! É a vida...depois regresso e trabalho até às 8.30/9h da noite...como vês, mexo-me (e até doente o faço)...e no fim de contas era facil: dormia mais um bocadinho, regressava para a casinha dos pais, poupava o corpo e uns cobres!
(vou me alongar, eu sei)
Sabes, essas coisas estão dentro de nós e na educação dada. Há dias ouvia na Antena1 (sim, que eu ouço antena1, vejo tv parlamento...) uma senhora dizer que educou os filhos para trabalhar. Com o seu sotaque do nuerte, acrescentava assim a senhora: "a malta de agora quer é tirar a carta, ter carro oferecido pelos papas e namorar"...tive de concordar com ela...e vejo isso todos os dias: no segundo local onde trabalho, vejo os pais a presentear os miudos por um satisfaz/suficiente ou mesmo por um não satisfaz alto/insuficiente alto! UoU! No meu tempo, chegasse eu a casa com menos de bom...a coisa piava fininho...Repito: EDUCAÇÃO.
Gosto do teu blog e isto foi só um desabafo.
Interessante as primeiras reacções a esta letra, parecendo contudo que alguém estava á espera da "contra-letra" para poder dizer: "Sim senhor, assim é que esta bem, muito melhor".
ResponderEliminarClaro que há quem prefira sempre "chutar para canto" e achar que tudo está bem, especialmente quando se está confortável numa atitude umbiguista e irresponsável de um ponto de vista geracional.
A verdade não estará com certeza nesta letra nem na outra, os jovens poderão de ser de facto passivos e letárgicos, mas isso deve-se certamente á educação de acéfalos que têm levado, ás "reformas" da educação e a uma toda geração de ressabiados pós 25 de Abril. De quem é a culpa da parvoíce? Do que não sabe pescar ou de que achou que nem era preciso ensinar? Do que não faz ou do que não estimula a fazer? Que parvo que são!
Quem aumentou estupidamente o nível de endividamento para materializar das estúpidas futilidades? Quem comprou 3 casas sem dinheiro para uma? Quem criou o BPN e o BPP? Quem asfaltou Portugal de lés a lés? E o parvo sou eu?
Sou jovem e não me revejo nem numa letra nem noutra, mas não fico indiferente a comentários de quem fundamentalmente levou o país ao estado em que ele está, sim, porque se os jovem crava o shot ou o carro ao papá é por que ele lhe o dá! Que parvo que sois, diria!
Deixem-se ficar no “loftzinho” e continuem na V. parvoicezita superior, esperem claro, que os os espertos vos dêem o toque da música.
Por último, que parvo que sou por escrever isto aqui, sem querer ofender ninguém, “é dar pérolas a porcos!”
Pipoco, vai ter atitude e deixar publicar isto ou vai puxar da caneta de censor? Não quis nem quero ofender ninguém, apenas na lógica de boa disposição do blog mostrar que a juventude não é toda um punhado de assalariados explorados e sem ideias.
Brilhante, meu caro Pipoco. Há um futuro para si nessa coisa dos hinos.
ResponderEliminarTenha um bom dia.
Muito bom. Enquadro-me nessa geração apesar de não preencher o tipo geracional. Adorei
ResponderEliminarTodos sabemos que este é o problema de uma geração inteira e, pior dos piores, é que falamos, falamos, falamos mas acabamos por não fazer nada,, porque quando dizemos mal já parece que estamos a fazer alguma coisa. Está na altura de ser ativo e debater o que se vai passando e, mais importante, AGIR.
ResponderEliminaresta sim, diz tudo. parabéns.
ResponderEliminarSou da geração anterior e não desta. Também não tive emprego à saída da faculdade. Só tirei a carta e comprei um carro velho, depois de começar a trabalhar. Só consegui casa própria já para lá dos 30. E filhos, quando foi possível, já era tarde. A vida não está fácil, mas os constantes queixumes não ajudam nada.
ResponderEliminarTambém gosto mais desta, mas levo duas gerações de avanço e no meu tempo a malta andava à rasca, era rasca, levou com um X e um Y, foi alvo de estudos sociológicos, era suposto ter morrido de overdose aos 17 ou, na melhor das hipóteses, ter um paizinho rico que pagasse o Le Patriarche.
ResponderEliminarNão percebo como se pode chamar "hino", assim gritado aos 4 ventos, a uma letra deprimente e que reflecte basicamente aquilo que nenhuma geração deve ser.
Portanto, também se me ocorreu versejar:
Que parva que eu sou
por ter feito a escolaridade
Quando aos 23 anos
tinha entrado na faculdade
Podia ter acabado o Secundário
com menos provas globais
com uma simples biografia
cheia de coisas banais.
Que parva que eu sou
por ter saído da casa dos pais
quando podia estar alapada
à espera do jantarinho
a queixar-me da vidinha
de não ter colocação
com que pagar o meu carrinho
e as férias em Cuba.
Que parva que eu sou,
- parva não - burra!,
por me ter feito à vida
quando a coisa não correu bem.
Com um subsídio aqui e outro ali
o pai a chegar-se à frente
e o queixume do costume
um arzinho deprimente
agora ia ao Coliseu
aplaudir fortemente
uma canção de "iluminados"
que só se hão-de fazer gente
quando virem que esta cena
não tem nada que enganar:
ide mas é trabalhar.
Espectacular. Responder a uma generalização com outra generalização, acompanhada de comentários brilhantes como "esta diz tudo" (com certeza por pessoas que têm álbuns de fotos no facebook intitulados de "just me", ou "momentos").
ResponderEliminarPois eu tive a sorte de ter tudo... desde pequena. Tirei o curso. Antes de o acabar tive carro, tive mordomias, tive mesada para copos, roupa e o mais que eu quisesse. Mas nem por isso deixei de trabalhar mal acabei o curso, mas nem por isso fugì às minhas responsabilidades. Fui viver sozinha. Aprendi a bastar-me. E nunca deixei de trabalhar. É que ser menina do papá não significa ser-se fútil ou inútil. Para mim foi uma benção e não seria hoje metade do que sou se não fosse esse grande "empurrão" que me deram. Só espero (e sei que conseguirei, porque está sempre nas nossas mãos) poder dar tudo aquilo que recebi ao filho que espero.
ResponderEliminarAna Isabel Gândara
muito bom!
ResponderEliminarassino e re-assino por baixo.
não gosto de queixas. soam sempre a preguiça. já estive nos picos e no fundo do poço. já tive uma grande vida e já tive verdadeiramente à rasca. já arrisquei e já perdi.
mas nunca me queixei dos outros.
a vida é uma puta? é. mas nós gostamos.