28 dezembro 2010
Bolas, Jorge...
Jorge, eu sou o tipo que estava no concerto em Benavente, lembras-te?, aquele em que o Zé Silva disse alto "quem te viu e que te vê, Jorge!" quando tu pegaste numa lata de Coca-Cola e bebeste daquilo, eu estava mesmo ao lado do Zé Silva, depois estive em Oeiras, fazia tanto frio, Jorge, e eu ali, a aguentar o frio e o vento, sabes lá o que é o vento de Dezembro puxadinho a mar, Jorge, eu estive no Johnny Guitar, naquilo do Palma's Gang, depois fui beber absinto com a cambada do Miguel Sarmento, Jorge, eu perdoei-te aquilo do "Encosta-te a mim", Jorge, tu foste a banda sonora de uma certa viagem aos Picos de Europa, eu, a mulher da minha vida, cordas de escalada, um barco Zebro e tu numa cassette, tudo dentro de um Peugeot cento e seis a gasóleo, Jorge, tu foste o primeiro a entrar no meu iPod, tu a cantar-me o "Frágil" ao ouvido e eu a lembrar-me da Guida Gorda, isto é uma associação de ideias, Jorge, a minha vida é associar ideias, Jorge, podias poupar-nos a isto, a ti e a mim.
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Que foi? Que aconteceu desta vez? (Dito com voz esganiçada olhos arregalados e cabelo revolto)
ResponderEliminarFoi o Jorge, Maria. (dito com voz entrecortada pelas lágrimas)
ResponderEliminarAgora colou-se tanto, mas tanto ao Lobo Antunes que mais parece aquele moço do telejornal...
ResponderEliminarPerdoa-lhe Senhor (Pipoco) porque ele não sabe o que faz! (com ar circunspecto e as mãos juntas viradas ao PC, com os indicadosres apontando ligeiramente ao header do Blog)
ResponderEliminarNão foi bonito. Mas eu também nunca gostei muito do Jorge. Já do Zé...
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