27 novembro 2010

Espírito do Natal - Capítulo 1

O primeiro livro é para o Besugo, porque o Besugo é do Sporting, porque não há nada que o Besugo escreva que não me apeteça ter sido eu a escrever, porque a arte do Besugo trata de arranjar as pessoas, fico sempre a pensar que um dia em que eu entre num hospital, quase de certeza porque um tipo com um camião TIR chocou comigo na nacional cento e dezanove ou então porque fodi uns ossos a esquiar, fico a pensar, dizia eu, que era capaz de ser engraçado o Besugo entrar porta dentro e dizer-me "Pipoco, isto não está famoso..." e eu ria-me, era só o que faltava a coisa não estar famosa, o Besugo ria-se também e ficávamos ali um pedaço a falar do Djaló, eu a recordar o Besugo que uma vez o Djaló marcou um golo ou dois ao Braga, o Besugo a abespinhar-se, acabávamos por marcar um almoço para um dia destes, pagava o Besugo porque tínhamos apostado que eu não me safava e eu, além de me safar sempre, nunca perco apostas.


O livro que eu ofereceria ao Besugo podia ser o "100 histórias do Sporting", do Fernando Correia, mas não é, aposto que o Besugo já tem o livro, autografado e tudo, temos então que o livro que eu ofereço ao Besugo é coisa para ser um clássico, russo, cheira-me que o Besugo é capaz de apreciar os escritores russos, e assim sendo, neste natal ofereço ao Besugo o Doutor Jivago, de Boris Pasternak.

2 comentários:

  1. Li esse livro com 14 anos.
    Gostei dos primeiros capítulos, gostei dos últimos, odiei de morte os intermédios.

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  2. O livro que eu ofereceria ao Pipoco é o Rei Verde de Paul Loup Sulitzer. E tenho a certeza, certezinha, assim "de como as coisas serem aquilo que são" que seria o livro ideal.

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