29 agosto 2010

Das coisas que têm que ser como são

A rapariga experimentava uns daqueles óculos de sol enormes, ficavam-lhe mal, o rapaz incentivava-a a levar aqueles óculos enormes, que ficam mal a quase toda a gente, principalmente se tiverem um nariz comprido, o que era o caso, percebia-se que o rapaz estava desesperado, que já devia estar naquele exercício de aconselhamento de óculos de sol à rapariga há horas e que tanto lhe dava que a rapariga levasse aqueles óculos de sol enormes ou outros quaisquer.

Eu olhei para a rapariga e fiz-lhe um sinal de desaprovação quase imperceptível. Ele sorriu-me e voltou a colocar os óculos no mostruário. O rapaz suspirou. A rapariga experimentou outros óculos. Eu saí.

7 comentários:

  1. Nestas situações, a opinião de um total desconhecido acaba por pesar mais que a opinião de alguém que nos conhece e que gosta genuinamente de nós. O ser humano é uma raça tão parva.

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  2. Eu acredito que seja desesperante para quem está a acompanhar! Eu sou super rápida nas compras, entro, gosto ou não é decidido num minuto, experimento, pago, saio. Ir às compras só para passear não aguento!

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  3. Eu por acaso não me consigo conter muitas vezes, também acabo por dar algum palpite quando vejo q pode ser útil. se bem que há pessoas que só querem é sentir que estão a ser observadas... carência de atenção xD. tenho mais pena do rapaz que tava a guardar os óculos.

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  4. Acho piada à forma de registo da situação... ahahahah
    Bj

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  5. Que conselheiro de moda tu nos saíste...

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  6. Anónimo30.8.10

    Fê-lo porque os óculos ficavam mesmo mal à rapariga, ou apenas por um acto de crueldade para massacrar um pouco mais o pobre que a acompanhava?
    M.

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  7. Tens o dom de contar estórias (e sabe-lo).
    E é Só.

    Tens a liberdade de extrapolar o comentário da maneira que te convir.

    (de volta ao que interessa.. ---->)

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