06 novembro 2015

Mantinhas por cima dos joelhos e chá de camomila

Às vezes olho para a minha lista de blogs e penso no que estarei a perder por não arriscar ler outros que não aqueles, olho para minha lista de rádios memorizadas e penso que devia voltar a ouvir a Oasis e a Marginal, olho para a minha agenda e penso que talvez não fosse má ideia testar outros restaurantes que aqueles onde me tratam pelo nome, olho para as músicas que tenho gravadas para correr e penso que talvez já tenham gravado coisas depois dos bons tempos dos U2 e dos Prefab Sprout.

20 comentários:

  1. Respostas
    1. Cuca, é dos meus olhos cansados ou a menina nao aprova a nova linha editorial?

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    2. Passa-se que já percebi que fará o que estiver ao seu alcance para destruir o mito Pipoco, o herói da post modernidade blogosférica, com essa conversa das mantinhas e de não ler as letras pequeninas e, um dia destes, da dor ciática.
      Mas o mundo precisa deste mito para girar equilibrado. E eu, claro, gosto de salvar o mundo. No fundo, o que quero dizer é que se não escrever um post macho alfa nas próximas horas, até pode haver um sismo...

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    3. Mas esta linha editorial é fantástica para arrefecer endereços de correio electronico, para alem de piscar o olho a novos (salvo seja) públicos...

      (está para breve o dia em que abordarei o tema da próstata)

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    4. Um sismo, Cuca? Será por isso que a protecção cicil fez hoje aquele simulacro? Pipoco, veja lá isso.

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    5. Mirone, a menina, que é mais madura, percebe a nova linha,não percebe?

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    6. Percebo pois. Se percebo.

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  2. Anónimo6.11.15

    Tanta treta, não há pachorra.
    Desde U2 a running e enfim...
    Reforme-se

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    1. (Está a ver, Pipoco? As pessoas estão a revoltar-se contra a sua fofinhisse)

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    2. Espera aí Cuca, observa bem que o título do post não condiz em nada com o conteúdo, trata-se de um não-teaser que nos leva ao engano e depois pimba, toda a vontade crua de trocar o certo pelo incerto, o velho e habitual pelo novo e desconhecido - nada mantinhas e chá, portanto. É o que eu acho, que também adoro salvar o mundo. E também acho que fofinhice com c fica mais giro...

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    3. Anónimo mauzão, noto que não está a apreciar. Quer fazer parte da solução e apontar caminhos?

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    4. A Susana é que sabe ler as entrelinhas. Havia de haver mais assim...

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    5. Susana, sugiro que olhemos para isto como aqueles pseudo intelectuais numa galeria de arte, diante de um abstrato que não quer dizer nada.
      O autor, que não nos ouve, não chega a afirmar que vai saltar na direção do desconhecido. O teu otimismo distorce aqui a realidade da peça. Aquele traço do lado direito da tela evoca a nostalgia da passagem do tempo como forma de obliteração de um futuro abandonado no passado. Há um sentir de coisas novas, mas esse sentir faz-se acompanhar por uma confissão implícita de falta de vontade de as procurar. Assim... tipo ... coiso.

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    6. Isso, Cuca, esfarrape os meus sentimentos...

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    7. Já sabe como é! A fragilidade de uns é a oportunidade dos outros...

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    8. Grande Cuca, eu sabia que não devia meter-me contigo. "...como forma de obliteração de um futuro abandonado no passado" é ligeiramente bom demais, de forma que me vou esforçar para estar à altura. Seguindo a tua sugestão tanto posso imaginar aquela obra denominada "Fado" do José Malhoa (um dia hei de comprar nem que seja um postalzinho daquilo), como o relógio a derreter-se pela escada abaixo do Dalí, ou a cair de uma árvore, não tenho a certeza. E eu, Cuca, não sei olhar Dalí, nem o surrealismo é capaz de falar comigo. Nestas minhas circunstâncias, então, recorro ao otimismo e limito-me a olhar as obras deste nosso autor latino, este que aqui nos deixa escrever, e tanto vejo uma linha de horizonte bem definida e cristalina, por exemplo com um coração grande evidente, como me posso perder em trevas das quais saio depressa para manter a minha autoestima feminina intacta. Há ainda as que trazem as cores trocadas e o mundo desarrumado e me fazem crepitar os neurónios na tentativa de encontrar o mar de Madrid e as montanhas da Holanda em lugares impossíveis. Mas vou contigo, sim, e sentamo-nos juntas a olhar essa divisória que me fizeste ver (o traço do lado direito) como aquele fervor paralelo que João Vário diz ser a perfeição (num poema que não sei encontrar). E a perfeição é isso. Mesmo com muita vontade de a procurar, ela...coiso.
      Obrigada por este bocadinho.

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  3. Anónimo7.11.15

    E para quando uma escrita como deve ser? "Às vezes" vírgula! Caramba, homem! Tão incomodado quando alguém no CV diz que tem carta de condução, e depois é o que se vê: não sabe usar vírgulas; nem nos casos mais óbvios, que aborrecimento!

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    1. Anónimo7.11.15

      Nem pensar. Não há qualquer virgula aí. A frase está impecável.

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  4. Eu cá acho uma certa graça a esta mistura de estilos...
    E volto à Autopsicografia de Fernando Pessoa, cometendo uma enorme ousadia...
    O Pipoco é um fingidor
    Finge tão completamente
    Que chega a fingir que é velhice
    A velhice que deveras sente.

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