17 julho 2015

Por uma vez Pipoco pede uma sugestão

El Camiño, três quartos de maratona por dia durante doze dias, com mochila às costas, dormindo em camaratas de albergues (mas com três noites reservadas no Parador de Santiago, que isto dos finais querem-se felizes...), levantar às cinco da manhã para terminar antes da hora da sesta.

Um único livro para os dias do El Camiño. Por uma vez: que me sugerem?

150 comentários:

  1. "A Saga/Fuga de J.B.", se ainda não leu.
    É um livro magistral e tem a vantagem de se passar na Galiza.

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    1. Excelente sugestão, Rita. É suficientemente grande e ainda não li.

      Vamos ver se não estrará esgotado.

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  2. Anónimo17.7.15

    Alive!
    What else?

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  3. James Joyce, Ulisses, evidentemente. Não tenho de lhe explicar porqu~e.

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    1. Mirone, um esforço de cada vez...

      (liminarmente rejeitada a sugestão)

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    2. É precisamente aí que discordamos, na questão do esforço de cada vez (afinal vou explicar-lhe porquê).
      El Camino é muito mais do que uma caminhada até Santiago de compostela (Vou fazer o Português - Tuy-Compostela - com o meu pai, se tudo correr bem, ainda antes do final do ano, sempre disse que seria assim a sua primeira semana na condição de reformado), é um jornada íntima e pessoal de auto-conhecimento e introspecção. Se não 'forçar' um pouco o que são os seus limites, se não se propuser mais do que o esperado, acredito que será só uma caminhada até Santiago de Compostela.
      Mas é o seu Camino, respeito as suas opções.

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    3. Mirone, o que queria dizer é que pretendo focar-me no Caminho, precisamente por querer que seja mais que uma caminhada. Ulisses só me faria desviar deste propósito.

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    4. Eu percebi, Pipoco. Mas seria uma excelente ocasião para virar páginas, encerrar capítulos, iniciar outros. Purgar.

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  4. De Saramago - A Viagem do Elefante. Mas provavelmente já terá lido.

    Espreite este link é sempre bom saber...
    http://www.luxwoman.pt/portfolio/o-bom-caminho-de-santiago/

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    1. Obrigado, Té, já li. E já tenho a app descarregada.

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    2. Uma partilha, um testemunho. Um livro que talvez gostasse de folhear antes de fazer o caminho...

      Magnífica, Pipoco, caixa de comentários!

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  5. A Papoila e o Monge de José Tolentino Mendonça

    «Muitas vezes Deus prefere
    entrar em nossa casa
    quando não estamos»

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    1. G., queria deixar Deus de fora desta jornada.

      (embora me digam que a chegada a Santiago faz tremer os mais duros)

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    2. Segundo o haiku, ele ficaria em sua casa, à espera.

      Não se deixe levar pela primeira impressão, o livro não é religioso, é humano.

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    3. «A montanha segue em silêncio

      os passos

      do peregrino»

      Boa jornada.

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    4. (Tolentino de Mendonça acaba de passar à categoria de possibilidade a considerar...)

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    5. Fiquei a matutar por que razão (lhe) escolhi tão depressa um livro, quando sei que nem sempre nos apetece ler livros de acordo com o ambiente onde nos deslocamos e a escolha da leitura é das escolhas mais pessoais que conheço.

      Talvez isto ajude a justificar a minha escolha, que, bem sei, fará sentido para mim e (talvez) para mais ninguém. É um livro sobre viagens, a maioria delas, parece-me, interiores.

      http://recursos.bertrand.pt/recurso?id=9591222

      Que corra tudo bem.

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  6. Doze dias? Suponho que parte de León, é uma pena não partir de Saint Jean. Quanto ao livro acho que deve ser o tio a escolher, sugiro que escolha o livro da sua vida e o releia com a paz e a calma que El Camiño lhe vai transmitir. Resta-me desejar um Bom Caminho e dizer que estou disponível para o que precisar, com a experiência que trouxe de lá.

    Vai saber-me mesmo bem matar as saudades através dos seus relatos. Por favor, escreva para mim.

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  7. Minha querida Loira, saiba que decidi ir quando li os seus relatos. Isto é absolutamente como lhe estou a dizer, os créditos da inspiração são seus.

    Não tenho tempo para sair de Saint Jean (vou a pé...)

    E os relatos ficarão escritos em papel, a decisão é levar um velho Nokia que mantenho que só faz e recebe chamadas.

    (talvez altere este plano, só porque me pede)

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    1. Não altere os planos, penso que o seu velho Nokia vai fazê-lo muito mais feliz por lá, escreva-me no fim, acredito que vai escrever como ninguém.

      Saint Jean a pé exige demasiado tempo, não fosse isso também eu o faria, a pé tem um sabor completamente diferente, tudo é vivido com mais calma. Mas se parte de León como penso, subirá a Cruz de Ferro (não se esqueça de levar algo para lá deixar, uma pedrinha basta), verá o Manjarín e respirará o ar incrível do Cebreiro, entre tantas e tantas coisas. Que saudades, tenho de voltar a fazê-lo.

      Bom Caminho tio, estou mesmo feliz por si.

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    2. Anónimo17.7.15

      Sou uma fã confessa da Loira e todos os relatos dela, Camiño incluído. Foi imediatamente nela que pensei quando li o seu post e não me surpreendi por ter sido ela a sua inspiração. Ela é isso e muito mais.
      A minha sugestão de leitura é Livre, de Cheryl Strayed, a Loira perceberá porquê e saberá explicar-lhe esta minha sugestão.

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    3. Não conhecia a sua sugestão, tive que ir à sinopse. Parece-me apropriado.

      (isto começa a complicar-se...)

      (e sim, foi muito impressivo o relato da Loira, para além de escrever de uma forma muito carinhosa)

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    4. Eu levarei Livre quando for novamente fazer O Caminho Francês de Santiago, mas não me atrevi a sugerir porque acho que é uma escolha muito pessoal, O Caminho é muito íntimo tio, e o livro que o irá acompanhar será muito importante, por isso não quis ser "responsável" por nenhuma sugestão.

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    5. Anónimo17.7.15

      No curto caminho que vou fazer em breve, és responsável pela minha leitura...devias sugerir ao Pipoco aquilo que me pediste para fazer com a leitura que me vai acompanhar.
      Susana

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    6. Claro Su.

      Tio, a Susana vai fazer O Caminho em breve e vai cumprir um sonho que eu tenho, mas que ainda não consegui cumprir, levará um livro, que por acaso é meu, e carimbará as páginas com os mesmos carimbos da credencial dela. Daqui a uma semana ela já estará em modo Caminho e o meu livro também.

      Obrigada Su. E obrigada tio, hoje sinto-me particularmente feliz por ter um blog.

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    7. Que belíssima ideia. Vou aproveitar e carimbar também o meu livro.

      (sim, hoje é daqueles dias em que também eu penso que esta caixa de comentários compensa aqueles dias em que me pergunto para que raio tenho eu um blog)

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  8. Anónimo17.7.15

    David Lodge, Terapia

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    1. Percebo o subliminar. Mas não...

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    2. Anónimo17.7.15

      Por acaso não era, erro meu.. É só porque é um dos meus autores favoritos e tem tudo a ver com Santiago.
      Mas continuando com a Galiza em pano de fundo, Os Prazeres e as Sombras, do Gonzalo Torrente Ballester.. sendo certo que são 3 volumes

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  9. Eu fiz o Caminho há cerca de dois meses e levei apenas um caderno em branco para escrever. A mim, bastou-me.

    Bom Caminho!

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    1. Obrigado, Miss Smile.

      (mas não posso passar tanto tempo sem ler)

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  10. Beatriz17.7.15

    "Quo Vadis". mesmo que tenha visto o filme não se compara ao livro.

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    1. Outra boa sugestão. Até por motivos cá meus. Obrigado

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    2. Anónimo17.7.15

      O livro é excelente. Muito bem lembrado

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    3. Anónimo17.7.15

      Conheço inúmeras pessoas que viram o filme e pouquíssimas que leram o livro. Nem imaginam o que perdem.

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    4. Anónimo17.7.15

      Andava à procura de um livro e é mesmo o Quo vadis que vou comprar.
      Ainda para mais a edição é de capa dura.
      Muito obrigado

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    5. Anónimo17.7.15

      Livro maravilhoso, Tio!

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  11. Infância, Adolescência e Juventude de Tolstói.

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  12. Anónimo17.7.15

    Guerra e Paz. E um caderno. Espero que um dia possamos ter o privilégio do tio pipoco partilhar os seus pensamentos.

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  13. Moby Dick. No kindle, que além de levezinho, tem o livro de borla na amazon.

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    1. Izzie, Moby Dick lê-se antes dos quinze aos.

      (papel, sempre. Sou um conservador, bem sei)

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    2. Lamento profundamente a minha falta de erudição precoce, mas aos 15 eu era mais policiais.

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    3. Nada a ver com falta de erudição, Izzie. Devia ter escrito "li antes dos quinze anos", fez parte de uma oferta de um tio que sabia que eu gostava de ler e oferacia-me coisas descabidas (Eça quando fiz dez anos, claro que detestei)

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    4. Galhardetes à parte, e mau grado (ainda) não o ter lido, pareceu-me adequado. Ou não vai também em busca da sua baleia branca?

      (Compostela é muito lindo, mas sem a parte mística, que é coisa que não me assiste. a não ser a tosta. ainda assim, prefiro só de queijo. mas na Galiza recomendo as ostras.)

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    5. Não sei bem do que vou em busca. E acho que é isso que me está a encantar.

      (pulpo a la gallega, queijo manchego, vinho Ribeiro, ...)

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  14. Anónimo17.7.15

    o tal do paulo coelho...

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  15. A Estrada para Oxiana talvez!

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    1. Belíssima sugestão, Pipoco Arrumadinha. Além disso é um livro que tenho por ler, uma edição da Tinta da China.

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  16. Anónimo17.7.15

    "O templo dourado" de Mishima é absolutamente sublime.

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    1. Outra boa sugestão. Tenho alguma dificuldade com os japoneses (com um deles, para ser mais preciso), podia ser uma boa maneira de arrumar esta questão.

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  17. Anónimo17.7.15

    O Monge que vendeu o seu Ferrari.

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    1. Aqui já tenho mais dificuldade em aceitar. Pode ser presunção minha, mas soa demasiado a auto-ajuda.

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  18. Livro do Desassossego
    "14-4-1930 No alto ermo dos montes naturais temos, quando chegamos, a sensação do privilégio. Somos mais altos, de toda a nossa estatura, do que o alto dos montes. O máximo da Natureza, pelo menos naquele lugar, fica-nos sob as solas dos pés. Somos, por posição, reis do mundo visível. Em torno de nós tudo é mais baixo: a vida é encosta que desce, planície que jaz, ante o erguimento e o píncaro que somos."
    Fernando Pessoa

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  19. Anónimo17.7.15

    "O retrato do artista quando jovem" de James Joyce (sorriso!)
    Ou, então, o "Auto de fé" de Elias Canetti.

    Boa jornada.
    Um abraço.

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  20. JM, a tocar na ferida...

    Não conheço nada de Elias Canetti, vou investigar.

    (obrigado)

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    1. Beatriz17.7.15

      O "Auto de fé" é realmente bom. Vale a pena ler

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    2. Zéfiro17.7.15

      Sem dúvida alguma a melhor sugestão até ao momento.

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    3. Bem, isto começa a ter contornos de sugestão vencedora...

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  21. Anónimo17.7.15

    O memorial do convento. se já o leu, é boa altura para reler. memorável. como o também o é Austerlitz, de Sebald.

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    1. Já li todo o Saramago, embora me pareça que nunca repeti nenhum livro.

      Sebald, não conheço. Austerlitz faa-me lembrar tempos felizes.
      Obrigado.

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    2. Anónimo17.7.15

      Jacques Austerlitz é a personagem... se tem curiosidade em saber mais, sugiro uma pesquisa no Goodreads. se o autor não tivesse morrido num acidente de viação, teria recebido o Nobel, ah, teria. :-)

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  22. Cláudia Filipa17.7.15

    O barão trepador - Italo Calvino

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    1. Demasiado pequeno, Cláudia. Mas ainda não li.

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    2. Cláudia Filipa17.7.15

      E é Pipoco, demasiado pequeno e comparado com algumas outras sugestões que aqui estão, menos complexo, digamos assim. Mas sabe, eu nesse caminho, pegava no tal "caderno em branco" sugerido pela Miss Smile e dava ao livro um papel secundário.

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  23. Beatriz17.7.15

    Os livros são como as cerejas.
    Lembrei-me de "Biribi" de Darien. Tem que ler, tão bom que é

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    1. Anónimo17.7.15

      Tremendo livro.
      Boas sugestões, Beatriz

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    2. Não li. Obrigado pela sugestão.

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    3. Anónimo17.7.15

      Um dos livros da minha vida.

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    4. Anónimo17.7.15

      Maravilhoso livro que nos faz pensar. É um dos meus

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  24. Anónimo17.7.15

    Solaris - Stanislaw Lem, A Scanner Darkly - Phillip K. Dick.

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    1. Ficção científica para El Camiño? Ora cá está uma sugestão fora da caixa...

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    2. Anónimo17.7.15

      Um género tantas vezes desconsiderado, visto como menor. E no entanto com autores brilhantes. Mais abaixo referiram o Admirável Mundo Novo, também seria uma minha escolha.

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    3. Anónimo17.7.15

      O admirável não é ficção é distopia. Há diferenças.
      E parece-me, que quem se interessa por literatura já o leu.

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    4. Anónimo17.7.15

      Respeitosamente discordo. Distopia sim, ficção científica também. Uma não invalida a outra. E pare

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    5. Anónimo17.7.15

      O pare está a mais, seria parece e por alguma razão não o apaguei na totalidade.

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  25. "Stoner" John Williams.
    O caminho de um homem só.
    (mas para 12 dias é capaz de ser pouco. Pouco para ler. Muito para digerir)

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    1. É verdade, São João. A minha visão para a leitura é aquele período depois das oito da noite, depois da tábua de queijos e presunto. Veremos.

      (estou a começar o segundo volume de uma sua sugestão de há mais de um ano)

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    2. Se já vai no segundo volume é bom sinal.

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  26. Memórias de Adriano seria a minha escolha. Desejo-lhe um Camiño intenso e revelador.

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    1. Belíssima sugestão. Uma vergonha, ainda não ter lido.

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    2. Anónimo19.7.15

      A ler, a ler...

      Costa

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  27. Atenção a isso do demasiado pequeno, vai pesar-lhe nas cruzes... Livros que recomendo sempre e que já ofereci umas quantas vezes: sidartha; a alma imoral. Um tratado: o lobo das estepes. Não têm a ver com o caminho nem com Santiago, mas são livros de vida, de jornada individual, que me parece ser o propósito. Boa jornada.

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    1. Obrigado Isa, as suas sugestõessão de valor (ambos lidos).

      (quanto às cruzes, sete anos de inter-rail - embora já tenha passado um avida - ensinaram-me o valor de cada cem grama)

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    2. ambos os três? :D

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  28. Anónimo17.7.15

    Tantas e tão boas sugestões! Mas o Auto-de-fé de Canetti com todos os seus labirintos simbólicos apropria-se muito.
    Até já está feito o prólogo com tamanha manifestação de paixão por livros.

    Não esqueça: a felicidade é o caminho.

    Uma tia.

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    1. Canetti está prestes a ser a escolha.

      (a escolha é o caminho)

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  29. Os Diários de Miguel Torga.

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    1. Li um volume há menos de um mês, Ana. Tirado ao acaso da prateleira.

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    2. Leia então os Diários do Al Berto :)

      Não era no entanto a sugestão que lhe queria fazer, foi apenas por impulso do título.

      Eu sugiro-lhe um livro que certamente leu, Os Cadernos de Pickwick (tem mais de 900 pp., julgo, mas há uma edição da Tinta da China super levezinha). Deixe de lado essa coisa dos "livros a condizer", de carácter religioso. Pode nem ser a religião que o move a percorrer o Caminho. Com esse livro, cada capítulo uma viagem, uma aventura, novas personagens... Enfim, tudo o que lhe acontecerá aquando a caminhada, certamente.

      Bom Caminho!

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  30. Eu ia sugerir o "Quo Vadis" sugiro sempre este, uma vez que foi o livro que me transformou (aos 18 anos), mas a Beatriz já o fez.

    Embora o meu amigo já não precise, sugiro o "Solar" de Ian McEwan (tem uma cena brutal, não, duas) e o maravilhoso "O Idiota" do grande Dostoievski, penso que combinará com a ambiência, contrastando-se também.

    E gostei de saber que se inspirou na Loira. Eu também pensei logo nela quando vi o post. Ela de facto inspira.

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    1. Os blogs, minha querida Susana, por vezes são uma coisa muito bonita. O impacto da descrição apaixonada da Loira foi imenso. E tocou muita gente e isso é uma pequena maravilha.

      O carinho com que as pessoas me sugerem livros para esta minha pequena aventura é comovente. Pelo menos a mim comove-me.

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  31. Anónimo17.7.15

    The Fiery Angel, de Valery Bruisov/Bryusov.

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  32. Anónimo17.7.15

    "Mãe" de Pearl S Buck - porque é uma espécie de caminho
    "O Elogio da Madrasta" de Mário Vargas Llosa - porque o pecado anda sempre connosco
    SR

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    1. Uma das minhas avós recomendava-nos a leitura de Pearl Buck, mas eu nada, nunca li. E acho que tenho esse, precisamente. Obrigada, SR (essas iniciais também são minhas).

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    2. Anónimo17.7.15

      Buck não é nada de especial, não é má mas também nada de brilahnte (a provar que o Nobel por vezes deixa a desejar

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    3. Obrigada pela dica, Anónima (o). Agora fiquei ainda mais curiosa, claro. Isto hoje parece uma festa!
      (caro Pipoco, acho que nunca vi um post seu ter tantos comentários! é uma festa, não é?)

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    4. Cláudia Filipa17.7.15

      Desculpa estar a meter-me na conversa Susana, mas também acho que é uma festa e parece que ninguém quer faltar e trazem presentes em forma de sugestões, já anotei o que não conhecia.

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    5. Anónimo17.7.15

      Nem nos blogues gostam dos livros que leio... Talvez o anónimo goste mais de banda desenhada? "Fables" é bom...

      Partilhamos mais do que as iniciais, Susana Rodrigues. Boas leituras.
      SR

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    6. É uma festa, sim Susana e Cláudia. Uma festa com pessoas com coisas interessantes para dizer.

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  33. Buck nunca li, é uma opção.

    E se levasse "O Elogio da Madrasta" seria excomunhão certa...

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    1. Anónimo17.7.15

      Leia o elogio como o que vê da sua janela, tio. Compreender a natureza humana não é pecado.

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  34. Marta17.7.15

    "A ilha de Arturo", escrito pela senhora Morante é belíssimo.

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    1. Outro qua não conhecia e fui ver de que se tratava. Outro que me parece muito bem. Obrigado Marta.

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  35. Anónimo17.7.15

    "A visita do médico real, do sueco Enquist vale a pena ser lido.

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    1. Anónimo17.7.15

      Foi para mim uma grande surpresa. Grande qualidade, de facto

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  36. Anónimo17.7.15

    "O quarteto de Alexandria" - Durrell. mas é pesadote e não convém levar muito peso consigo. De qualquer das formas, é bom

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  37. 91 comentários? FDX!

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  38. Anónimo17.7.15

    "Casa de Campo" de Donoso é fascinante.
    Em certas partes remete-nos para "O Deus da moscas".

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    1. Anónimo17.7.15

      Adorei. Magistral mesmo

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    2. Anónimo17.7.15

      Li há um mês e ainda anda comigo.

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  39. Jerusalém de Gonçalo M. Tavares (para mim o melhor autor desta geração).
    Mas considerando que esta obra se lê num ápice, sugiro Viagem à India do mesmo autor.
    Boa Jornada
    O livro do Desassossego é O Livro e como tal, na minha modesta opinião, não é simplesmente para se ler, mas sim para ir saboreando. E como diz o meu sábio avô: "Não se pode saborear duas coisas ao mesmo tempo, uma acabará sempre por anular a outra"

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  40. Anónimo17.7.15

    "René Leys (A cidade proibida)" de Segalen;
    "A selva" de Ferreira de Castro;
    "Cabra Cega"/ "A lei" de Vailland


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  41. Anónimo17.7.15

    Não se lê no Camiño, curte-se o Camiño.....

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    1. Anónimo17.7.15

      Isso é para quem não tm hábitos de leitura

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    2. Anónimo19.7.15

      Sou uma leitora quase compulsiva mas não me passaria pela cabeça levar um livro numa viagem, muito menos no Camiño. Quando viajo, a minha cabeça fica totalmente dedicada aos sítios novos por onde ando.

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  42. Anónimo17.7.15

    O Admirável Mundo Novo...parece-me o ideal
    Susana
    (não sei se já alguém tinha sugerido, pois não li os comentários todos)

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  43. Beatriz17.7.15

    Caso ainda não tenha lido, que tal levar o primeiro volume d' '"O Homem sem qualidades"?
    "O romance de Genji" (não vá pelo titulo) de Murasaki é deslumbrante e retrata uma época da qual quase nada se sabe, o livro é tido como o primeiro romance escrito. Consegue-se cheirar as ameixeiras e as cerejeiras, vejo as senhoras de dentes pintados de preto e com o seu "quadro" à frente da cara para nãp serem vistas. Lindo.

    Peço desculpa, mas eu bem disse, livros e cerejas andam a par

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    1. Anónimo17.7.15

      Beatriz,
      perdoe, mas não tem um blog literário? Devia ter.

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    2. Anónimo17.7.15

      Esse livro tem um certo peso, para quem vai de mochila, qualquer grama conta...
      Susana

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    3. Anónimo17.7.15

      Não é assim tão pesado. Já o leu?

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    4. Anónimo17.7.15

      O HSQ é obrigatório e o Romance de Genji é qualquer coisa de fabuloso. Mas são 2 vols.

      Susana, não pesa assim tanto e parece-me muito adequado.

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  44. Os 4 volumes das obras completas de Borges, claro!

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  45. Anónimo17.7.15

    "Os Palhaços de Deus" de Morris West

    "O Fantasma dos Canterville" e outros contos de Oscar Wilde

    "A Memória do Mundo" de Italo Calvino

    "Ora Maritima" de Avieno

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  46. Anónimo17.7.15

    On Formally Undecidable Propositions in Principia Mathematica and Related Systems
    Gödel, K.

    (leve, pequeno, deslumbrante, excelente para adormecer, talvez ainda melhor na língua original... não sei dizer. satisfaz-me a edição inglesa com uma introdução maior que o artigo)

    -v-

    se pretender um desafio, pelo peso e não só,

    The Road to Reality
    Penrose, R.

    (idem, mas grande e pesado)

    ((supondo que o meu caro pretende um livro em papel, para a eventualidade de necessitar de uma fogueira. convém ser prudente. não esqueça a faca de mato para as serpentes e os ursos!))

    Abraço, e boa caminhada!
    (ah, a juventude... sempre irrequieta...)

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  47. Quando Nietzsche Chorou, de Irvin D. Yalom.
    Feliz Caminho...

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    1. Foi o livro que levei para a maternidade quando a minha filha nasceu, comprado na manhã antes de ser internada, no dia 21 de Outubro de 2009. Nunca tinha ouvido falar nele, mas ao folheá-lo e ler a primeira frase, "21 de Outubro de ...", achei piada à coincidência das datas e decidi que era aquele livro que iria comigo.

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    2. o filme é incrível

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    3. Mirone, de facto, uma coincidência dessas, só poderia ter tornado a escolha do livro inevitável!

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  48. Anónimo17.7.15

    "O Deserto dos Tártaros" de Dino Buzzati : pequeno, leve, gigante.
    Boa caminhada, boas leituras.
    Carmo

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  49. Curiosamente para uma aventura dessas não levaria um livro novo, para não me desviar do importante, mas levaria um livro que já conhecesse e soubesse que me daria aquele conforto mental, sem surpresas.
    Levava os meus de sempre: O Muro - de Sarte; A Metamorfose - de Kafka.
    Bem sei, coisas que já leu e muito provavelmente acha primárias mas seriam as minhas escolhas de conforto.
    Mas se quiser ser mais radical é levar o antigo testamento.
    Isso sim, é um desafio à nossa fé e um tema perfeitamente adequado ao que vai fazer.

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  50. Vinha falar-lhe da "Travessia do horizonte" de Javier Marias Franco. Mas faz muito bem em levar o Auto-de-fé de Canetti.
    Boa viagem.

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  51. O Bandolim do Capitão Corelli de Louis de Berniére. Deu um filme muito mau mas é um livro excelente.

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  52. Anónimo18.7.15

    Cheguei muito tarde, e faço uma pergunta básica : já leu o Descaminho para Santiago ?
    Das sugestões aqui propostas ( li quase tudo ) o melhor é mesmo Canetti ou a Saga/Fuga de JB. O dia 21 da Mirone fez me pensar num livro muito interessante e adequado por propor muitas variações , e que é Vinte anos e um Dia, de Jorge Semprun.
    Já fiz Caminho, a ultima coisa que levaria era Pearl Buck.
    Até amanhã ?

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  53. Anónimo18.7.15

    Quer uma sugestão a sério, tio? Leve a mochila cheia de livros e vá arrancando as páginas e pavimentando el camiño com essa calçada. Espero que chegue de mochila vazia e leve como se quer a leveza das coisas.

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  54. As Chaves do Reino, A. J. Cronin.
    http://leitordeprofissao.blogspot.pt/2013/07/aj-cronin-as-chaves-do-reino.html

    Fazer o Caminho é um grande e muito antigo desejo meu.

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  55. Anónimo19.7.15

    Honestamente, para este contexto........ a Biblia.
    Nada mais.
    Ler a Biblia de seguida como um romance é optimo. Tem tudo, Historia, vingança, amor, sangue, guerra e paz, esperança no futuro, está lá tudo em forma de alegorias, é muito bom.

    Eu acho a Biblia o grande livro em todos os aspectos, ainda por cima estamos a falar do Caminho de Santiago, o livro vai "bater" ainda mais.

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  56. Anónimo20.7.15

    uff... e assim de repente temos aqui uma belíssima bibliografia.

    salazar

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  57. Anónimo20.7.15

    "Um estranho numa terra estranha" de Robert Heinlein...
    ...se bem que este talvez encerre mais perguntas que respostas...

    :)

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    1. Anónimo20.7.15

      Esta caixa de comentários é a minha preferida. Li esse livro há muitos anos, comprado com o dinheiro que poupava dos lanches (uns 50 escudos por dia). Não groquei muito, não...

      O Pipoco já deve estar farto de sugestões, mas não resisto a mais uma "O Nome da Rosa". Provavelmente já leu mas o ambiente vai bem com o caminho.
      SR

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  58. Por Deus! O meu caro ainda vagueia nessa funesta indecisão?!... Que já se propagou ao próprio blog!

    Aqui vai a pilha que estou a ler e/ou reler, acamada na mesinha que ladeia o velho sofá de leitura, caraças:

    1. O cemitério dos barcos sem nome, de Reverte, que comprei há 12 anos e apenas agora vê chegada a sua hora;
    2. The machine, de Smythe, que só encontrei na porra do kindle;
    2. (é mesmo "2", também) Bleeding edge, Pynchon, que arranjei esta semana na fnac, para minha estupefacção;
    -. 2666, Bolaño, que é o meu Ulysses, embora muito mais delicioso, e que volta a acordar-me quando, prestes a embarcar, cai no chão, sujeito a matar-me o gato;
    -+1. The logic of scientific disco..., Popper, que está sempre ali.

    Se tivesse força de vontade para ultrapassar esta preguiça ia ali buscar a dslr para tirar uma foto. O maldito gato despreza completamente os meus pedidos.

    Pois é por estas e outras que me encontro medicado, tanto a fazer e tudo em simultâneo.

    Mas se pretende uma coisa mesmo a sério, uma assustadora visão de um futuro cada vez mais provável, então leve Blindsight de Watts, já com sequela, mais simbólica e esotérica. Também é um caminho, de um grupo de trans e pós humanos pastoreados por uma inteligência artificial tão além do Humano que quase ninguém compreende o que significa aquilo que diz, em direcção a uma entidade na fronteira do sistema solar que age como um salão chinês e considera a redundância e contradições inerentes à linguagem humana uma forma de ataque info-viral. E como é que se dialoga com alguém que considera a nossa própria linguagem uma ofensa?

    Caraças. Só está a massacrar-nos para chegar aos quinhentos comentários não é?

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  59. ... Se me desse para uma loucura dessas levava era umas revistas antigas que ainda aqui tenho...

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