02 março 2015

Quisesse eu

Tirava-te desse torpor, havias de tomar conta de mim outra vez, de me levar de novo pela mão, mostrando-me o caminho certo, havias de dedicar cada dia da tua vida a ensinar-me a maneira mais conveniente de encostar a minha cabeça no teu ombro, a recolher os livros que deixo por todo o lado, a desligar o gira-discos que, como é da natureza dos gira-discos, não se desliga sozinho, a lembrar-me que estou atrasado, que estou sempre atrasado, havias de sorrir quando eu dormisse até tarde ou quando preferisse ouvir má música só porque preciso de descansar.

Quisesse eu.

19 comentários:

  1. Ahh Caro Pipoco, esse será um dos problemas dos homens. Pensam que estão sempre a tempo, em querendo. Estão, muitas vezes. Depois um dia, deixam de estar, tendo de ouvir a má música para recordar tudo aquilo de que se esqueceram.

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  2. Anónimo2.3.15

    As melhoras para a sua mãe. Um abraço para si.

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    1. Enorme comentário.

      Obrigado. Pelo abraço, evidentemente...

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  3. Anónimo2.3.15

    Ó Tio, não ha nada que não passe com um bom livro/música. :)
    VW

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  4. Anónimo2.3.15

    O tio Pipoco quer uma nanny. Alguém conhece uma boa, mesmo boa?

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  5. Anónimo2.3.15

    Quisesse ela, e a vida seria melhor.....

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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  7. Ainda vai ter muito tempo para querer!

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  8. Anónimo2.3.15

    Quanto altivez, Pipoco. "Quiesesse eu" ou "quisesse ela?" Pois, bem me parece...

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  9. Anónimo2.3.15

    Uma vez que o comentador anónimo revelou o sentido, aqui fica um forte desejo de que voltem as ironias frívolas em breve.
    (queira Deus)

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  10. Atendendo a que já se desvendou para quem se dedica o post - e porque, para mim, assunto mãe é sagrado - as melhoras de sua mãe, caro Pipoco e que tudo corra pelo melhor.

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    1. Não é meu hábito explicar posts, mas é importante dizer que a Senhora minha mãe está de excelente saúde...

      (e que, naturalmente, o post não lhe é dirigido)

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    2. Como diz? E eu que apaguei o comentário a julgar que se lhe dirigia. Para mais, depois de ler o post da Uva. Que confusão a minha.
      Enfim, meu Caro, folgo em saber que Senhora sua mãe goza de boa saúde.
      Cumprimentos,
      Outro Ente.

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  11. Anónimo2.3.15

    Melhoras, é o que desejo. Tenho pena que pouca gente perceba os seus posts.

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  12. Obviamente trata-se de prosopopeia.
    Já sabemos que com o Tio nada é simples, caro Ruben.

    Imagina-se, o Tio, um Sporting personificado recordando saudoso o excelente Leonardo Jardim. Permanece enigmática a abertura, "tirava-te desse torpor". Especulo que seja menção à calva do LJ, mas reconheço que, careca, posso estar a projectar...

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  13. Anónimo2.3.15

    Querido Pipoco, seria tão bom...

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  14. Cláudia2.3.15

    É uma pena não explicar posts, porque gostava mesmo de saber se tinha percebido este. É um texto giro, parece um enigma e gosto de resolver enigmas. Parece-me que este post ou é dedicado às mulheres que levam longe demais a sua (natural em muitos casos) vocação de cuidadoras e tendem a tratar toda a gente como filhos inclusive os companheiros. Ou então, está pura e simplesmente a descrever, como acaba por ser viver com uma mulher e não está para isso. E aquilo do torpor, deve ser porque, pessoa que precisa de estar a cuidar de alguém e viver em função de alguém, para se sentir realizada, não tendo uma vida para além disso, nem mais interesses para além disso, deve ficar num torpor deve, quando isso lhe falta.

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  15. Acho que é dedicado ao Marco Silva.

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  16. Anónimo5.3.15

    "Quisesse eu, tirava-te desse torpor" como podia ser para a mãe? Quisesse eu?

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